A Johnson & Johnson (J&J) propôs pagar pelo menos US$ 8,9 bilhões a milhares de pessoas que processaram a empresa alegando que o uso de pós contendo talco da J&J causava câncer, no que seria um dos maiores acordos de responsabilidade de produtos de todos os tempos.
A empresa também informou na terça-feira que sua unidade LTL Management LLC, que a havia criado para lidar com o litígio, entrou com novo pedido de recuperação judicial para buscar a aprovação do plano para fazer os pagamentos ao longo de 25 anos.
Se um tribunal de falências e a grande maioria dos reclamantes aprovarem as medidas, a J&J poderá resolver milhares de ações judiciais que acompanharam a empresa nos últimos anos, prejudicando a reputação da empresa e impedindo os esforços recentes de desmembrar sua unidade de venda de talco para bebês e outros produtos de consumo.
Empresa não admite irregularidades
A J&J, que não admitiu irregularidades, disse que sua proposta tem o apoio da grande maioria dos requerentes, mais de 60.000 pessoas. A lei de falências exige que 75% dos requerentes de voto votem a favor do plano.
“A empresa continua acreditando que essas alegações são enganosas e carecem de mérito científico”, disse Erik Haas, vice-presidente mundial de litígios da Johnson & Johnson, em nota.
A Johnson & Johnson e suas outras afiliadas não entraram com pedido de proteção contra falência e continuarão a operar seus negócios normalmente. Um grupo de escritórios de advocacia dos queixosos, que dizem representar cerca de 70.000 pessoas com reivindicações arquivadas ou pendentes contra a empresa, disseram apoiar o acordo proposto pela J&J.
Com informações de Estadão Conteúdo (Dow Jones Newswires)
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