A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição de 100% das ações do Hospital Santa Martha pela Notre Dame Intermédica, conforme despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU).
O negócio consiste na compra da Casa de Saúde e Maternidade Santa Martha, localizada em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
A operação custou R$ 160 milhões, segundo anunciaram as empresas em julho. O valor corresponde a aproximadamente R$ 850 mil por leito e paga também o imóvel do empreendimento, que tem aproximadamente 9,1 mil m² de área construída.
Ao Cade, as empresas disseram que “a transação se alinha à estratégia da Intermédica de crescimento e expansão de sua rede própria no Estado do Rio de Janeiro, ampliando sua competitividade e penetração nessa região” e, do ponto de vista dos vendedores, “a operação representa uma oportunidade de retorno do valor investido no negócio”.
O Hospital Santa Martha teve um faturamento de R$ 94,4 milhões em 2020, opera um hospital geral de alta complexidade com laboratório de análises clínicas e parque de imagem, incluindo ressonância magnética, tomografia computadorizada e hemodinâmica.
A empresa comprada dispõe ainda de 5 salas de parto, seis salas de cirurgia e ampla capacidade com 187 leitos, dos quais 45 são leitos UTI adulto e 18 são leitos UTI neonatal.
Fusões e aquisições em 2021
Um grupo de empresas que encheu o caixa nos últimos tempos deve usar esses recursos para assediar os concorrentes nos próximos meses com ofertas agressivas de fusões ou aquisições, em busca de ganho de escala e de presença mais forte no digital. Com grandes movimentos no varejo (com a compra da Hering pelo Grupo Soma) e saúde (com a união de Hapvida e NotreDame Intermédica), o mercado já projeta um recorde histórico de operações em 2021.
Segundo a consultoria Dealogic, que coleta dados do mercado financeiro, já foram realizadas neste ano até aqui US$ 52,1 bilhões em operações de fusões e aquisições no Brasil, superando o valor de todo o ano passado, que foi de US$ 45,9 bilhões.
Entre as empresas que devem liderar esse movimento, está a varejista Renner. Após colocar cerca de R$ 4 bilhões no caixa, a varejista gaúcha analisa diversos ativos para aquisição e a expectativa é que a empresa dê um passo mais firme no mundo digital.
Com informações de Estadão Conteúdo (Luci Ribeiro)
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