EUA divulgam plano para investir US$ 50 bi em indústria de semicondutores

A estratégia também visa aumentar a capacidade produtiva de fábricas que vendem para setores "críticos"

O Departamento do Comércio dos Estados Unidos divulgou na manhã desta terça-feira, 6, seu plano para investir os US$ 50 bilhões destinados pelo “CHIPS and Science Act” – lei sancionada em agosto – à indústria de semicondutores no país. Cerca de US$ 28 bilhões do montante serão usados para estabelecer fabricação interna destes chips, utilizados em todos os produtos que contém ao menos um circuito elétrico em sua composição. O dinheiro ficará disponível por meio de concessões ou acordos de cooperação, diz o comunicado da pasta.

A estratégia também visa aumentar a capacidade produtiva de fábricas que vendem para setores “críticos”, como automobilístico, tecnologia da informação e comunicação e dispositivos médicos. Por volta de US$ 10 milhões serão destinados a este fim.

Por fim, US$ 11 milhões irão para “iniciativas para fortalecer a liderança dos EUA em pesquisa e desenvolvimento” no setor de semicondutores, segundo o Departamento.

O comunicado ainda coloca como objetivos dos repasses “aumentar a escala e atrair capital privado”, “aproveitar colaborações para construir ecossistemas de semicondutores”, “estabelecer uma cadeia de suprimentos de semicondutores segura e resistente”, entre outros.

Embate com a China

A aplicação dos investimentos garantidos pela lei de incentivo de US$ 52 bilhões para chips e semicondutores nos Estados Unidos “distorceria as cadeias globais de fornecimento de semicondutores e perturbaria o comércio internacional”, disse porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, em agosto. “A China é firmemente contra isso”, afirmou, de acordo com transcrição de coletiva à imprensa.

Ele frisou que os EUA precisam investir em suas próprias empresas com abordagem em linha com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), “consistente com o princípio de abertura, transparência e não discriminação, e boa para manter a segurança e a estabilidade das cadeias industriais e de fornecimento globais”

Com informações de Estadão Conteúdo: (Gabriel Caldeira, lana Cardial e Gabriel Bueno da Costa)

Imagem: Shutterstock

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