Três plataformas de e-commerce despontam na concorrência pelos acessos dos consumidores brasileiros – todas estrangeiras: Mercado Livre, da Argentina (13,8% do total de visitas), a empresa de Singapura Shopee (10,1%) e o braço nacional da norte-americana Amazon (6,8%).
Juntas, elas somaram cerca de 700 milhões de acessos únicos no mês de agosto, como se vê no Relatório Setores do E-Commerce no Brasil da Conversion. Esse número representa 30% de todo o tráfego do comércio eletrônico nacional.
Entre as dez plataformas mais acessadas do comércio eletrônico no Brasil hoje, cinco são de fora do país: além de Mercado Livre, Shopee e Amazon, estão na lista ainda a chinesa AliExpress (ocupando a 6ª posição) e a sul-coreana Samsung (ocupando a 10ª posição).
Esse domínio estrangeiro também se vê no ranking das marcas mais buscadas diretamente pelos usuários no Google – uma métrica chamada Share of Search, que compara o volume de citações de cada empresa com o total de pesquisas do segmento onde ela atua.
Nesta métrica, a Amazon, procurada por 52% das pessoas dentro do segmento de varejo no mês, ocupou a primeira posição no consolidado geral. Em seguida estão a rede brasileira de produtos para animais Petz (com 47%) e a franquia norte-americana de copos térmicos Stanley (com 43%).
De acordo com Diego Ivo, CEO da Conversion, os e-commerces internacionais cresceram de maneira estrondosa no período pandêmico e cada player conta com uma estratégia própria para conquistar o brasileiro.
“O Mercado Livre construiu uma reputação positiva que por si só atrai milhões de consumidores todo mês. Já a Amazon é conhecida em relação a datas que promovem grandes descontos, como o Prime Day, adoradas pelo consumidor. E a Shopee, assim como a maioria do comércio eletrônico asiático, aposta na variedade de produtos de baixo ticket médio para fisgar o brasileiro pelos baixos preços”, revela.
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