No dia 26 de outubro, Mercado&Consumo e Ultragaz organizaram o U-Talks, importante evento realizado em São Paulo para tratar de um tema em alta no momento, principalmente pelo foco da agenda ESG: a transição energética.
“É um tema urgente, importante e complexo ao mesmo tempo”, afirmou Tabajara Bertelli, presidente da Ultragaz, em entrevista exclusiva com Aiana Freitas, editora-chefe da Mercado&Consumo e mediadora do U-Talks.
O executivo sabe da importância de o mercado ter certo apoio na hora de tratar de temas que as empresas não dominam e acredita que boas oportunidades surgirão deste movimento.
“As indústrias serão protagonistas neste tema. A nossa visão a longo prazo é da coexistência de várias fontes de energia e queremos posicionar a Ultragaz como uma parceira da indústria para prover a melhor energia possível, apoiando nossos clientes nessa jornada de transição efetiva”, revelou o executivo.
Confira abaixo o bate-papo completo com Tabajara Bertelli e entende um pouco mais do momento da transição energética no Brasil.
Brasil é protagonista em transição energética
O Brasil não pode perder a janela de oportunidades que existe para ser protagonista da transição energética que está acontecendo no mundo atualmente.
“Não há caminho fora da nova economia, que é a economia da transição energética, que estamos chamando de justa e inclusiva”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao participar do Seminário de Investimentos, Governança e Aspectos Jurídicos de Previdência Complementar.
Silveira destacou o projeto de lei enviado ao Congresso Nacional, chamado de combustível do futuro, que integra todas as políticas de descarbonização da matriz mobilidade e transporte do País.
Para o ministro, a aceleração da transição energética pode ser feita por meio da monetização dos produtos verdes e sustentáveis. “Aí é que o Brasil sai na frente. É completamente diferente abastecer um carro elétrico no Brasil com a matriz energética de 88% de energia limpa e renovável e abastecer na Alemanha”, comparou.
Em 2022, o Brasil ultrapassou o marco de 92% de participação de usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa no total gerado pelo Sistema Interligado Nacional – SIN, o maior percentual dos últimos 10 anos, segundo levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
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