Cargill conclui compra de ativos da Granol e amplia atuação no segmento de esmagamento de soja

Com a incorporação, a empresa também posiciona-se como um dos principais produtores de biodiesel do País

A Cargill anunciou a conclusão do processo de aquisição de três fábricas de esmagamento de soja e produção de biodiesel, além de quatro armazéns da Granol.

A iniciativa, que foi submetida para análise e aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), está alinhada à estratégia de crescimento da Cargill no País de aumentar sua capacidade produtiva de proteínas e óleos vegetais, ampliar sua capacidade de produção de biocombustíveis e diversificar portfólio de soluções para os clientes da empresa, principalmente com produtos destinados as indústrias de cosméticos e farmacêutica.

“Com a aquisição, reafirmamos nosso compromisso com o agronegócio brasileiro, conectando quem produz alimentos e energia com os mercados consumidores e ainda contribuímos com a descarbonização no setor de transportes, com o aumento da oferta de biocombustíveis ao mercado”, afirma Paulo Sousa, presidente da Cargill no Brasil e líder do Negócio de Commodities Agrícolas da Cargill na América do Sul.

As fábricas adquiridas pela Cargill ficam nas cidades de Anápolis (GO), Porto Nacional (TO) e Cachoeira do Sul (RS), e os quatro armazéns estão em Silvânia (GO), Porto Nacional, Figueirópolis e Marianópolis (TO). Com a incorporação dos novos ativos, a Cargill posiciona-se como um dos principais produtores de biodiesel do País e amplia sua atuação no segmento de esmagamento de soja.

Crescimento

A Cargill no Brasil encerrou 2022 com receita operacional líquida de R$ 125,8 bilhões, um crescimento de 22% em relação ao ano anterior. Em entrevista, o presidente da empresa no País, Paulo Sousa, disse que a receita foi puxada por crescimento de volume, principalmente na exportação de milho e no esmagamento de soja, em um cenário de preços internacionais altos de soja, farelo, óleo e milho e real “bem competitivo”, ajudando o País a colocar seus produtos no mercado internacional.

“Alinhando esse volume alto com valores altos gerou-se um crescimento considerável do faturamento líquido no ano que passou”, disse o executivo.

O lucro líquido no ano passado, no entanto, registrou queda de cerca de 33%, atingindo R$ 1,2 bilhão, ante R$ 1,8 bilhão em 2021. Conforme Sousa, apesar do aumento da receita, o lucro no período foi afetado pelo incremento de custos de produção e de logística, com as maiores pressões vindo de energia e fretes. “Os fretes no ano passado, principalmente no primeiro semestre, estiveram muito altos, durante a safra de soja. Isso acabou trazendo custos de execução bem acima do esperado.”

“Na parte de produção, é tudo muito positivo e deve levar a um cenário de abastecimento doméstico tranquilo e estoques de passagem no fim deste ano confortáveis, e isso vai ajudar a combater a inflação. E, como produtor teve um rendimento muito bom, a lucratividade ainda está em níveis confortáveis.”

Imagem: Shutterstock

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