A inflação é o fator que mais pressiona a retomada do consumo nos países da América Latina. Segundo estudo Consumer Insights, realizado pela Kantar, os preços no continente atingiram os níveis mais altos dos últimos cinco anos. Argentina, seguida por Brasil e México, são os países com os maiores aumentos na região. A alta nos preços impacta, principalmente, os itens da cesta básica.
De acordo com a Kantar, a maior parte dos gastos das famílias latino-americanas é despendida com a cesta básica, comprometendo até 35% da renda das classes sociais mais baixas. Isso ocorre porque os alimentos são a prioridade e o setor apresentou inflação de 19% no último ano.
Esse cenário se reflete em todos os países latinos. No entanto, apenas três deles não conseguiram manter o volume de consumo acima do que tinham antes da pandemia: Argentina, Brasil e Colômbia.
Recuperação lenta
Além da inflação, o desemprego deve terá forte impacto na recuperação da economia desses países. O estudo destaca que Brasil, Argentina, Colômbia e Peru podem levar dois anos ou mais para retornar aos níveis econômicos de 2019..
A empresa separou outras nações do continente em dois grupos, de acordo com a expectativa de retomada econômica de cada uma delas. O Chile é o único país da América Latina que recuperou, em 2021, o PIB per capita nos níveis pré-pandêmicos. Já Equador, México e os países América Central, em que as economias são mais dolarizadas, demonstraram resultados de uma possível recuperação já em 2022.
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