O Grupo Julius Baer anunciou nesta terça-feira, 7, a venda da operação de gestão de patrimônio no Brasil para o Banco BTG Pactual por R$ 615 milhões (US$ 100,6 milhões). A operação local do grupo suíço é responsável pela gestão de R$ 70 bilhões em ativos de clientes de alta renda. Em 30 de novembro de 2024, possuía R$ 61 bilhões em ativos sob gestão.
O Julius Baer informou em um comunicado que continuará a atender clientes brasileiros a partir de outros locais e que o negócio internacional com base no País permanecerá inalterado. Na região das Américas e Ibéria, a Julius Baer possui presença no México, Chile, Uruguai, Colômbia e Espanha.
Espera-se que a transação aumente aproximadamente 30 pontos base na razão de capital CET1 da Julius Baer no fechamento, com base em uma contrapartida total em dinheiro de R$ 615 milhões (CHF 91 milhões). A expectativa é de que a transação seja concluída no primeiro trimestre de 2025, após as devidas aprovações dos órgãos regulatórios.
O BTG Pactual inaugurou em 1º de dezembro seu terminal próprio no aeroporto de Guarulhos, o primeiro do tipo na América Latina, mas que já existem em grandes aeroportos do mundo, como Londres, Los Angeles e Zurique. O banco investiu R$ 80 milhões na infraestrutura do projeto e ainda tem um acordo para usar seu nome no local.
Neste primeiro momento, o terminal vai estar aberto só para embarque internacional e o BTG fechou inicialmente parceria com 12 companhias aéreas, que incluem nomes como Air France, Emirates, United e Lufthansa. A partir do começo de 2025 o terminal vai operar também desembarques do exterior, saídas e chegadas domésticas, além de conexões.
O terminal, com 2.400 metros quadros, foi desenhado para atender no máximo 14 pessoas por hora, conta o CEO da operação, Fabio Camargo, que foi presidente da companhia aérea Delta no Brasil e entrou no projeto do BTG este ano.
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