A Amazon registrou lucro líquido de US$ 20 bilhões no quarto trimestre, praticamente o dobro do resultado registrado em igual período do ano anterior. A empresa obteve ganho de US$ 1,86 por ação, bem acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 1,49.
A receita total da gigante americana saltou para US$ 187,792 bilhões nos três meses encerrados em dezembro, comparado com US$ 169,961 bilhões registrado no mesmo intervalo de 2023. Também neste caso, o número superou a projeção do mercado, que era de US$ 187,307 bilhões.
Apesar disso, a Amazon estabeleceu guidance de vendas na faixa entre US$ 151 bilhões e US$ 155 bilhões para o ano de 2025. A estimativa frustrou a expectativa dos analistas ouvidos pela FactSet, de US$ 158,5 bilhões.
“Este guidance prevê um impacto desfavorável e anormalmente grande de aproximadamente US$ 2,1 bilhões, ou 150 pontos-base, relativos à taxas de câmbio”, explicou a companhia.
Às 18h11 (de Brasília), a ação da Amazon perdia 3,64% no after hours de Nova York e chegou a recuar 4% nas mínimas.
Aposta em regionalização
A regionalização é uma das estratégias da Amazon para atender seus clientes de forma rápida e eficiente. Com base em Inteligência Artificial, a empresa ajusta o estoque para que os produtos estejam próximos dos clientes que mais precisam deles. Itens como pás de neve e sal, por exemplo, não são armazenados em estados como o Texas, onde raramente há neve, mas sim em regiões do norte dos EUA.
“A regionalização nos permitiu sermos mais ágeis e aumentar a precisão para o cliente obter seu produto e serviços mais rapidamente”, disse Ray Roach, diretor de Operações e Atendimento ao Cliente na América do Norte da Amazon, durante o Retail Executive Summit (RES), evento promovido pela Gouvêa Experience, em Nova York, para consolidar os insights e aprendizados da NRF 2025.
Essa estratégia também acelera a entrega de itens essenciais, como produtos de higiene pessoal e alimentos, que podem ser disponibilizados em subinstalações para entrega no mesmo dia.
Com uma carreira de sete anos na Amazon, Roach liderou por quase 3 anos o JFK, que processa mais de 500 milhões de unidades por ano. O sistema conta com robôs, chamados AR (Amazon Robotics), que circulam pelos gigantescos pisos para otimizar a movimentação e organização dos produtos.
Com informações de Estadão Conteúdo (André Marinho).
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