Sete em cada dez empresas pretendem investir em expansão em 2023

Planos seguem fortes apesar das preocupações sobre o ambiente de negócios no Brasil

Sete em cada dez empresas pretendem investir em expansão em 2023

Sete em cada dez empresas pretendem investir em expansão em 2023, de acordo com uma pesquisa feita pela Deloitte. O estudo mostra que os planos seguem fortes apesar de eles expressarem preocupações sobre o ambiente de negócios no Brasil.

A pesquisa “Agenda” é realizada anualmente pela Deloitte. A nova edição mostra que 73% dos entrevistados pretendem investir em alguma ação estratégica para promover a expansão, como no aumento da capacidade produtiva e da abrangência comercial e na qualificação de pessoas.

Mais da metade, ou 52%, pretende adquirir máquinas ou equipamentos, enquanto 41% afirmam que buscarão ampliar os pontos de venda; 27% devem ampliar o atual parque fabril ou área de produção e 14% planejam abrir novas unidades de produção.

Além disso, para tentar garantir competividade no médio e no longo prazo, 65% das empresas investirão em pesquisa e desenvolvimento (P&D), 48% buscarão parcerias com startups, principalmente no apoio para oferta de novos produtos ou serviços, e 87% das empresas deverão aumentar seus investimentos em treinamento e formação de suas equipes.

Se as preocupações com a situação econômica atual ainda estão fortes, no horizonte, as empresas veem boas expectativas. Sete em cada dez empresas esperam aumento das vendas acima de 5% em 2023, sendo que 21% das empresas acreditam que esse crescimento poderá ser acima de 20%. Na mediana das respostas, o crescimento das vendas é de 12,5%.

“A ‘Agenda’ é uma pesquisa tradicional da Deloitte que funciona como um ótimo termômetro anual das intenções e preocupações do empresariado para cada ano. O que podemos concluir sobre 2023 é que o ambiente de negócios preocupa o empresariado brasileiro, por fatores como o risco inflacionário, altos níveis das taxas de juros e a discussão sobre a reforma tributária. Assim, o desafio de buscar eficiência e produtividade nas atividades, sempre com bons resultados e crescimento, permanece no radar das empresas”, analisa João Gumiero, sócio-líder de Market Development da Deloitte.

Ainda segundo ele, os executivos brasileiros consideram que uma agenda de investimentos estratégicos será fundamental para transformar as atividades das empresas, a fim de que mantenham a competitividade.

Maiores desafios de 2023

Entre os dez maiores desafios para os negócios em 2023, de acordo com os empresários, estão: aumentar a produtividade ou eficiência (para 76% das empresas), aumentar as vendas (73%), melhorar as margens de resultados (71%), obter mão de obra qualificada (63%) e lançar produtos ou serviços (58%).

Os demais desafios são: manter a boa imagem da marca (53%), proteger os dados sem perder eficiência operacional (40%), captar recursos financeiros (37%), ter fornecedores que compartilhem dos mesmos valores da empresa (31%) e reduzir problemas operacionais com fornecedores (28%).

Em relação a força de trabalho, 44% dos entrevistados pretendem aumentar o quadro de funcionários e 49% pretendem manter como está. Um pouco mais do que a metade das empresas que deve manter o quadro (26%), fará substituições por profissionais mais qualificados, com destaque para atender necessidades tecnológicas. Apenas 7% dos entrevistados devem diminuir o quadro, dos quais 5% apontam redução de custos como principal motivo. Já 23% dizem que manterão o quadro de funcionários, sem substituições.

Sobre oportunidades e movimentações estratégicas, 30% das organizações planejam participar de licitações, 18% pretendem adquirir outras empresas, 16% devem comprar ativos de outras companhias e 10% pretendem participar de projetos de concessões ou privatizações. Do total de empresas participantes da edição deste ano, 12 pretendem abrir capital (fazer IPO) e 37 planejam emitir títulos de dívidas.

A edição de 2023 da pesquisa “Agenda” contou com a participação de 501 empresas, cujas receitas líquidas totalizaram R$ 2,1 trilhões em 2022, o que equivale a 21% do PIB brasileiro. Do total de empresas participantes, 36% são de prestação de serviços, 16% de manufaturas, 13% de infraestrutura, 11% de TI e telecomunicações, 10% de serviços financeiros, 7% de agronegócio, 5% de comércio e 2% extrativas.

Imagem: Divulgação

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