O e-commerce vale mais do que o minério. Pelo menos, por agora. A empresa argentina Mercado Livre ultrapassou a cifra de US$ 60 bilhões em valor de mercado e se tornou a empresa mais valiosa da América Latina, à frente da Vale (US$ 59,3 bilhões) e da Petrobras (US$ 57,3 bilhões). O levantamento foi realizado pela consultoria Economática.
As ações do Mercado Livre, que são listadas na bolsa americana de Nova York, dobraram de valor desde o início do ano. Foi o suficiente para a empresa ultrapassar a Vale em sua maior cotação histórica – os papéis tiveram alta de 13% de janeiro para cá.
Completando o pódio, a Petrobras sofreu uma forte desvalorização de 25% no mesmo período – tanto pelos efeitos da pandemia quanto por causa dos conflitos no setor de petróleo do início do ano, entre Arábia Saudita e Rússia.
Entre as 20 empresas mais valiosas da América Latina, 14 são brasileiras. Entre elas, há os bancos Itaú, Bradesco, Santander Brasil, Banco do Brasil e BTG Pactual, a empresa de bebidas Ambev, a indústria de motores WEG, a bolsa de valores brasileira B3. Ainda do setor financeiro, figura a XP Investimentos.
Para completar, estão as varejistas Magazine Luiza e a B2W, dona das marcas Americanas.com e Submarino e a operadora Telefónica Brasil.
O Mercado Livre é a única empresa argentina do ranking. O segundo país com mais companhias no ranking é o México, com a varejista Wal Mart de Mexico, a operadora America Movil (dona da Claro no Brasil), o grupo minerador GMexico e a indústria de bebidas FEMSA. Completando o ranking, há a petroleira colombiana Ecopetrol.
Segundo Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da Gouvêa, “é marcante quando o valor de mercado de uma plataforma digital focada no consumo ultrapassa o valor de uma das maiores empresas globais de comodities. E para o Brasil é mais uma comprovação do potencial sub-utilizado do consumo como potencializador da retomada responsável.”
Com informações do portal CNN Brasil.
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