Aproximadamente 36% dos profissionais atuantes no ramo de varejo afirmam um aumento nas investidas de fraudes no Brasil durante o período da Black Friday em 2022. O levantamento foi realizado pela Adyen, empresa de pagamentos holandesa, e as informações constam no Relatório Varejo 2023, destacando que à medida que o evento cresce no país, o risco de golpes aumentam, o que pode prejudicar a reputação das marcas.
A Black Friday é um dos eventos de compras mais aguardados do ano, tanto pelo consumidor quanto pelos lojistas, que oferece a oportunidade para os varejistas aumentarem suas vendas e conquistarem novos clientes. No entanto, essas ocorrências de risco de fraudes e golpes já são classificadas como a segunda maior ameaça aos empreendimentos desse ramo.
“Para se proteger, os lojistas devem manter registros detalhados de suas vendas, utilizar métodos de entregas rastreáveis, que exijam assinaturas na entrega, possibilitando assim a comprovação da entrega ao destinatário. Desta forma é possível reduzir a probabilidade do chargeback”, explica Eduardo Daghum, CEO e fundador da Horus Group, empresa atuante no ciclo completo da prevenção à fraude.
Diante disso, muitos varejistas estão adotando medidas preventivas para garantir a integridade durante esta temporada de ofertas agitadas. O especialista também destacou os principais golpes que merecem atenção na prevenção de fraudes.
- Golpe com cartão de crédito: Esse golpe envolve o uso não autorizado de dados de cartão de crédito para compras fraudulentas. Prevenir inclui verificação rigorosa de dados do cliente, validação com administradoras de cartão, autenticação em duas etapas e monitoramento constante.
- Chargeback (Estorno):O chargeback, embora proteja os consumidores, pode ser explorado por indivíduos mal-intencionados, causando prejuízos aos varejistas. Esse processo é acionado quando o titular contesta uma transação junto ao emissor do cartão, alegando desconhecimento da operação ou cobrança indevida. O emissor investiga a disputa e, se válida, reembolsa o valor ao titular do cartão.
- Invasão de conta: Neste método, os golpistas invadem contas já existentes e assumem a identidade do proprietário, utilizando suas informações para efetuar compras fraudulentas. Essa tática está se tornando mais comum e é desafiadora de detectar, uma vez que exige o uso de técnicas avançadas para evitar ser notada.
“Fortalecimento do processo de autenticação, atualização dos sistemas de confirmação de dados, análise do histórico de compra dos clientes e a verificação de identidade digital e ferramentas de biometria são práticas indispensáveis para se prevenir deste tipo de operação fraudulenta e garantir a integridade do seu negócio”, finaliza.
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