A sensibilidade aos preços varia significativamente entre os consumidores brasileiros de diferentes segmentos do varejo. Supermercados, fast fashion e roupas esportivas lideram a lista, com uma pontuação de 8 em uma escala de zero a dez. Enquanto isso, eletrônicos e eletrodomésticos apresentaram uma sensibilidade de 7, e livrarias, artigos para casa e acessórios para automóveis marcaram 6. Os dados são de um estudo realizado pelo Ibevar.
“A sensibilidade a preços varia amplamente entre os segmentos. Os segmentos que apresentam alta sensibilidade devem adotar estratégias competitivas, como descontos e promoções constantes. Em contraste, os com baixa sensibilidade podem focar em estratégias de valor agregado, enfatizando qualidade e exclusividade”, comenta Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da Fia Business School.
Recorrência de compras
Supermercados e farmácias apresentaram taxas de retorno de consumidores entre 55% e 70%. Livrarias, acessórios para automóveis, marcas de luxo, roupas esportivas, artigos para casa, artigos esportivos, material de escritório, peças de automóveis e cuidados pessoais tiveram uma recorrência de 30% a 35%. Já fast fashion, eletrônicos, eletrodomésticos e móveis mostraram taxas de 25%, enquanto concessionárias apresentaram 15%.
“A gestão dos estoques deve ser adaptada à recorrência de compras. Supermercados e farmácias devem implementar sistemas avançados de previsão de demanda para garantir disponibilidade constante. Já setores com baixa recorrência, como concessionárias, podem adotar uma abordagem just-in-time, explorando modelos de show”, afirma Angelo.
O Net Promoter Score (NPS), métrica que mede a satisfação e a lealdade dos clientes, também foi analisado. Marcas de luxo (70%) é o segmento mais estável do ranking, seguido por artigos esportivos (50%), roupas esportivas e cuidados pessoais (45%), fast fashion, eletrônicos, loja de conveniência e farmácias (40%), eletrodomésticos, artigos para casa, acessórios para casa e móveis (35%), supermercados, livrarias, material de escritório e peças de automóveis (30%), e concessionárias (25%).
“O NPS é um indicador vital da satisfação do cliente. Setores com alto NPS, como marcas de luxo, devem capitalizar essa vantagem através de programas de indicação e marketing boca a boca. Por outro lado, segmentos com baixo NPS, como concessionárias, devem priorizar melhorias na experiência do cliente, investindo em treinamento e personalização”, Angelo aconselha.
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