Esta é a projeção do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que conduziram pequisa em todas as capitais do país sobre o consumo na data mais importante para o varejo.
Segundo o levantamento, 110,8 milhões de consumidores brasileiros devem presentear alguém no Natal de 2017, o que representa 73% dos brasileiros; e o tíquete médio do presente será de R$ 104. Apenas 8% disseram que não vão presentear, ao passo que 18% ainda não se decidiram.
Se as expectativas forem confirmadas, o Natal deste ano será um pouco melhor que o do ano passado, quando a projeção havia sido de 107,6 milhões de consumidores nas lojas.
Considerando somente a aquisição de presentes natalinos, a movimentação de dinheiro na economia deverá ser de R$ 51,2 bilhões no comércio, cifra que representa um leve crescimento nominal na comparação com 2016, ano em que a projeção girou em torno de R$ 50 bilhões.
Em média, os consumidores ouvidos na pesquisa pretendem comprar entre quatro e cinco presentes – no ano passado, esse número era de quatro aquisições.
O valor médio com cada item será de R$ 103,83, mas considerando a compra de todos os presentes, o brasileiro deve desembolsar, em média, R$ 461,91, cifra muito próximo a observada em 2016, que era de R$ 465,59.
Nas classes A e B, o valor desembolsado no total de presentes sobe para R$ 630,96 e cai para R$ 414,25 entre as pessoas da classe C. Entretanto, 43% dos consumidores entrevistados ainda não decidiu o valor a ser desembolsado.
33% dos consumidores pretendem desembolsar a mesma quantia do ano passado com presentes. 19% estão dispostos a gastar mais e 26% estimam gastar menos.
Entre as razões para não presentar, 20% não o fazem por falta de hábito ou porque não gostam. As demais razões estão mais ligadas à crise, como a falta de dinheiro (17%) e o desemprego (15%). Os que não vão comprar presentes porque estão endividadas e precisam pagar contas somam 10% desses consumidores.
Mas predomina a impressão de que os presentes de Natal estão mais caros em 2017 do que no ano passado para 58% dos consumidores. Para 22%, os produtos estão na mesma de preço, enquanto apenas 7% falam em preços menores.
Natal será mais digital
Investir tempo para fazer pesquisa de preço será novamente um hábito frequente entre os compradores para 83% dos entrevistados e a internet será a principal aliada para 76% deles. Outros 50% vão pesquisar em lojas de shopping e 48% vão comparar preços indo de porta em porta nas lojas de rua.
Aliás, neste ano, pela primeira vez as lojas online ultrapassaram os shopping centers como o local de maior concentração das compras de Natal.
Em cada dez compradores, quatro (40%) concentrarão as compras na internet, o que representa um crescimento de oito pontos percentuais em relação a 2016.
Na sequência estão os shopping centers (37%), lojas de departamento (37%) e lojas de rua (26%).
Os e-commerces preferidos são os sites das grandes redes varejistas (68%), sites de classificados de compra e venda (42%) e lojas especializadas em vestuário e acessórios (34%).
Na opinião dos entrevistados, os fatores que mais pesam na escolha do ponto de venda são o preço (58%), ofertas e promoções (50%), diversidade dos produtos (27%) e a qualidade do atendimento (20%).
Produtos mais procurados
De acordo com o estudo, as roupas permanecem na primeira posição do ranking de produtos que os consumidores pretendem comprar para presentear no Natal (56%). Os brinquedos (43%), perfumes e cosméticos (32%), calçados (31%) e acessórios, como bolsas, cintos e bijuterias (24%), completam a lista.
Presentes de maior valor agregado como celulares (12%), jogos e videogames (10%), eletrônicos (8%) e joias (8%) ficaram menos bem posicionados neste ano.
No ranking daqueles que serão agradados com presentes neste Natal, os filhos aparecem em primeiro lugar (63%). Em seguida, os mais mencionados são os maridos ou esposas (49%), mães (47%), irmãos (27%) e pais (21%).
Na hora de escolher os presentes, o fator que os consumidores mais levam em conta é o perfil do presenteado (28%), seguido do desejo de quem vai receber o presente (20%), da qualidade do item (16%) e das promoções ou descontos (13%).
Forma de pagamento
O pagamento à vista será o meio mais utilizado pela maioria dos entrevistados ouvidos (52%), seja em dinheiro (34%) ou no cartão de débito (19%).
Os que vão se utilizar de alguma modalidade de crédito somam 43% dos compradores, sendo que o cartão de crédito parcelado lidera, com 31% de menções, seguido do cartão de crédito em parcela única (9%) e do crediário (2%).
Na média, as compras parceladas serão divididas em cinco vezes. Isso significa que esses consumidores vão comprometer parte de sua renda com prestações natalinas que só deverão ser totalmente quitadas na Páscoa ou no mês do Dia das Mães.
O levantamento foi feito em duas fases. Na primeira, foram ouvidos 730 consumidores nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 611 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de no máximo 3,6 e 4,0 p.p, respectivamente. A uma margem de confiança de 95%.