Infracommerce reduz endividamento em 85% no 3º trimestre

Plano de Reestruturação inclui acordos com credores e novos aportes para reforçar capital de giro

A Infracommerce divulgou nesta semana os resultados do terceiro trimestre de 2024. Desde agosto, a empresa está implementando um plano de reestruturação, que inclui renegociação de dívidas e novos aportes. No período, a Infracommerce reduziu seu endividamento em aproximadamente 85% e mantém o foco na diminuição de despesas e no aumento da eficiência operacional.

“A Infracommerce deu passos importantes em seu plano de transformação e reestruturação, com um progresso que mostra movimento consistente em direção à estabilidade financeira e operacional. O grande destaque desse trimestre foi a formalização de um acordo com credores, abrangendo aproximadamente R$ 670 milhões, o que representa 85% do endividamento total da companhia e garantindo um aporte de até R$ 70 milhões”, afirma Mariano Oriozabala, CEO da Infracommerce.

Em setembro, a empresa assinou um memorando de entendimentos com a Geribá Investimentos para novo financiamento de capital de giro. No mesmo mês, anunciou um novo quadro de Conselheiros de Administração e o retorno de Luiz Pavão, um dos fundadores, como presidente da operação no Brasil.

Como parte do plano de reestruturação, a empresa renegociou contratos com clientes não rentáveis e adicionou novas parcerias, incluindo Grupo Veste, BO.BÔ, Dudalina, Le Lis Blanc, John John, Seculus, Cantão e outras marcas. A Infracommerce também está ajustando o portfólio de clientes, buscando rentabilidade por meio de ajustes de preços e distratos.

“Estou otimista com o futuro da companhia e especialmente confiante no potencial de integração dos processos entre as operações. No próximo trimestre, focaremos em aprofundar essas oportunidades, buscando fortalecer nossa capacidade de capturar valor, maximizar resultados e sustentar o crescimento em todas as frentes da Infracommerce”, conta Oriozabala.

Prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão

A empresa anunciou a implementação de um plano de recuperação em agosto deste ano ao registrar um prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão no segundo trimestre, puxado pela baixa das aquisições feitas no passado.

Ao final do segundo trimestre, a receita líquida total atingiu R$ 265,1 milhões, uma queda de 11,6% em relação ao mesmo período de 2023. Segundo a empresa, parte dessa queda reflete na perda de clientes relevantes e efeitos de saída de clientes onerosos no Brasil, além dos efeitos de M&A e inflação.

Com informações de Mercado&Tech
Imagem: Reprodução

Redação

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