O X, o antigo Twitter, anunciou nesta terça-feira, 9, que oferecerá pagamentos entre usuários (peer-to-peer) dentro da plataforma. Sem dar detalhes ou datas específicas para o lançamento, o comunicado diz que o serviço visa gerar mais benefícios para os usuários e novas oportunidade de comércio e, com isso, ampliar “o poder de se viver mais da sua vida em um só lugar”.
O comunicado diz ainda que o X criará mais conteúdo original e buscará mais talentos.
“O X está preparado para revolucionar 2024 com produtos e serviços inovadores que remodelarão a forma como nos conectamos, comunicamos e fazemos transações”, diz o comunicado.
Os anúncios feitos podem ser uma estratégia para reverter o cenário atual do X. Desde que o bilionário Elon Musk comprou a rede social, as receitas de publicidade caíram 54% nos EUA entre agosto de 2022 e setembro de 2023, segundo um estudo da Guideline. Musk também demitiu ou perdeu a maior parte de sua força de trabalho, cerca de 75%.
A Fidelity, multinacional financeira que contribuiu com mais de US$ 300 milhões para a aquisição da rede social por Elon Musk em outubro do ano passado, diminuiu o valor do seu investimento em quase 65% nos primeiros onze meses da nova gestão.
Cobrança dos usuários
Elon Musk sugeriu, em setembro passado, cobrar uma quantia dos frequentadores da plataforma, o que não ocorreu até hoje.
Um de seus movimentos, porém, foi cobrar dos usuários por serviços aprimorados, incluindo o de verificação de suas contas com o selo azul da plataforma. O serviço de assinatura passou a se chamar X Premium e tem três níveis.
Segundo o bilionário, a cobrança seria uma forma de impedir os ataques de bots, uma vez que os custos para esse tipo de ação a tornaria inviável. Os bots sociais são programas automatizados, criados para imitar comportamentos humanos em redes sociais. Geralmente, são usados para disseminar notícias falsas, propagar polêmicas e instigar conflitos.
Mas, desde que Elon Musk assumiu o antigo Twitter, muitas equipes de moderação, que antes removiam conteúdos impróprios da plataforma, foram demitidas, causando um esvaziamento na área.
Com informações de Estadão Conteúdo (Patricia Lara, especial para a AE)
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