A China entrou com um recurso na Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta sexta-feira, 9, para contestar a adoção pela União Europeia de tarifas adicionais provisórias a importações de veículos elétricos chineses, segundo a agência de notícias oficial Xinhua.
O Ministério do Comércio chinês avalia que decisão da UE carece de base factual e jurídica, viola gravemente as regras da OMC e atravanca a cooperação global no que diz respeito a mudanças climáticas, de acordo com a Xinhua.
No início de julho, a Comissão Europeia impôs tarifas adicionais de até 37,6% a fabricantes de veículos elétricos da China, após investigação concluir que subsídios concedidos pelo governo chinês prejudicam montadoras da UE de forma injusta.
Saída pelo diálogo
Há exatamente um mês, o Ministério do Comércio da China rebateu críticas sobre a maneira como vinha lidando com a imposição de tarifas sobre veículos elétricos do país. Na ocasião, defendeu que a UE resolvesse tensões econômicas e comerciais por meio de diálogo e consulta.
“A China tem demonstrado a maior sinceridade e esperança no trabalho conjunto com a UE para acelerar o processo de consulta e tentar alcançar uma solução aceitável para os dois lados o mais cedo possível”, afirmou o um porta-voz do governo chinês, reiterando que espera uma solução por meio do diálogo.
Entretanto, o Ministério do Comércio também reforçou o alerta de que a China “inevitavelmente tomará todas as medidas para proteger seus direitos e interesses” diante de qualquer comportamento que abuse das regras internacionais. “Nos opomos a qualquer unilateralismo e protecionismo que politize e use questões econômicas e comerciais como armas”, alertou o porta-voz.
Com informações de Estadão Conteúdo (Sergio Caldas)
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