O Dia dos Pais se aproxima com otimismo no varejo paulista, segundo pesquisa feita pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDL-SP ). As vendas no estado devem movimentar cerca de R$ 8,82 bilhões neste Dia dos Pais, representando um crescimento de 5% em relação ao ano passado.
A data, considerada uma das mais importantes para o segundo semestre, servirá como termômetro para o desempenho do comércio até o final do ano. No entanto, a projeção aposta em estabilidade econômica. De acordo com os dados, 62% dos lojistas de São Paulo afirmam ter aumentado seus estoques para a data. Em relação às vendas, 40% dos entrevistados acreditam que elas podem apresentar bom desempenho.
Os números mostram ainda que o comércio físico segue liderando a preferência de clientes, mesmo com os avanços do varejo digital no País. De acordo com o levantamento, cerca de 56% dos lojistas esperam que o comércio de rua e os shoppings recebam alta demanda. Em paralelo, o e-commerce segue com 30% da escolha.
Segundo o presidente da FCDL-SP, Mauricio Stainoff, o consumidor está em busca de variedade, mas o setor de vestuário e calçados deve apresentar o melhor desempenho. Entre os presentes mais buscados, 78% dos entrevistados optam por vestuário, seguido por calçados (43%), eletrônicos (30%), perfumaria (39%) e bebidas (34%). Na hora da compra, Stainoff afirma que, além dos pais, os avós também devem ser presenteados na data.
Entretanto, a inflação e outras condições econômicas têm impactado as expectativas de vendas para quase 80% dos entrevistados. O ticket médio para presentes pode ser acima de R$ 250 (considerando um aumento de 5% em relação ao valor do ano passado).
Expectativas para o 2º semestre
Datas importantes como o Dia das Crianças, Natal, Black Friday e as compras de final de ano são esperadas com grande expectativa, podendo consolidar a recuperação do varejo em São Paulo.
Para Maurício Stainoff, este é um momento para aproveitar a fase relativamente boa pela qual o comércio está passando, especialmente em comparação com os anos de pandemia. “Precisamos ser cautelosos, pois o comércio ainda apresenta uma fase de recuperação e sofre com a alta inflação”, finaliza.
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