Já consolidado entre os meios de pagamento, o Pix, lançado em novembro de 2020, está em seu 4º aniversário e já é usado por cerca de 90% da população adulta no País, segundo dados do Banco Central do Brasil (Bacen). Para o próximo ano, trará novidades: o Pix automático e o Pix por aproximação.
As novidades foram tema do painel “4º aniversário do Pix: o que já aconteceu e o que mais vem por aí?”, apresentado por Carlos Eduardo Brandt, gestor de operações e gestão do Pix no Bacen, no primeiro dia do Dia do ACBr, evento co-realizado pela Mercado&Consumo, que acontece entre os dias 8 e 9 de novembro, no Espaço Arca, em São Paulo.
Programado para ser lançado em julho de 2025, o Pix automático permitirá que o recebedor gere instruções de pagamentos periodicamente, com valores de transferência que podem ser fixos ou variáveis.
Já a modalidade de pagamento Pix por aproximação, que já está disponível para clientes de algumas instituições financeiras, como C6 Bank e PicPay, tem como principal característica a facilidade de pagamento em pontos de venda. Após a máquina gerar o QR Code, o cliente poderá realizar o pagamento apenas usando a função NFC, tecnologia sem fio que possibilita a troca de informações entre dispositivos.
“Essa revolução, esse processo não vai parar por aqui. Várias outras funcionalidades já estão nesse trilho evolutivo. […] Aquilo que o Pix ainda não tiver capacidade de oferecer entrará nesse trilho de evoluções”, declara o executivo.
Reconhecido internacionalmente como um grande ecossistema de pagamentos, o Pix, que opera atualmente de forma totalmente online, também ajudou na digitalização da população brasileira. O formato de pagamento incluiu mais de 70 milhões de pessoas no âmbito digital. “É muito importante a gente olhar a questão da inclusão sob várias perspectivas”, diz Brandt.
Catástrofe no RS
Entre os meses de abril e maio deste ano, o Estado do Rio Grande do Sul enfrentou enchentes causadas por fortes chuvas na região, deixando milhares de pessoas em situação de emergência.
Diante dessa situação, a população brasileira se mobilizou para arrecadar doações para as cidades impactadas, e um dos meios mais usados para isso foi o Pix, que permitiu que, de forma rápida, as pessoas pudessem ajudar com doações de qualquer valor.
Segundo Brandt, se não fosse esse meio de pagamento, que facilitou as transações, a dificuldade de arrecadar doações financeiras para a população atingida pelas fortes chuvas seria ainda maior, tornando mais difícil fazer com que os valores chegassem às pessoas que precisavam.
Imagem: Mercado&Consumo