A Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX) disse ver com “otimismo” os resultados do PIB de 2024, embora entenda que ainda há “desafios estruturais” a serem superados, como a elevada carga tributária e complexidade do sistema regulatório.
Para a entidade, o varejo tracionou o resultado do ano passado, especialmente por meio do consumo das famílias, que se manteve em expansão ao longo do ano.
O diretor-executivo da entidade, Edmundo Lima, avalia que o desempenho foi favorecido pela maior oferta de crédito, pela recuperação gradual do mercado de trabalho e por estímulos econômicos que contribuíram para o fortalecimento da demanda interna.
A contribuição do varejo de moda, representado pela ABVTEX, não se resume ao volume de vendas, mas também à capacidade de inovação do setor. “A digitalização, a diversificação dos canais de atendimento e a busca por uma experiência de compra aprimorada foram fatores determinantes para o crescimento sustentável do comércio”, diz.
Além disso, a associação entende que o avanço nos investimentos, que cresceram 7,3% no ano, sinaliza a confiança do setor privado na economia brasileira e na evolução do ambiente de negócios. “Com esforços conjuntos entre o setor público e privado, temos o potencial de impulsionar ainda mais o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, afirma Lima.
Apesar desse cenário positivo, o executivo ainda observa que há desafios estruturais do sistema econômico a serem superados, como a alta carga tributária, a complexidade do sistema regulatório e a necessidade de reformas que impulsionem a competitividade do varejo.
“A ABVTEX defende a isonomia tributária e regulatória para um ambiente de negócios mais eficiente, que permita ao setor continuar contribuindo de maneira significativa para o crescimento econômico do País”, defende.
Com informações de Estadão Conteúdo (Júlia Pestana)
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