O governo federal anunciou nesta terça-feira, 10, o edital de 2025 para o Programa de Aceleração do Turismo Internacional (Pati), que prevê parceria público-privada com as companhias aéreas e aeroportos para a ampliação do número de assentos e voos internacionais com destino ao Brasil.
Serão R$ 63,6 milhões em recursos públicos para o programa, muito superior aos R$ 3 milhões deste ano, durante o projeto piloto.
Para participar, as companhias devem submeter projetos que indicam a criação de novas rotas e ou ampliação de assentos, além de ações de promoção dos voos. A estimativa é de que as companhias invistam ao menos R$ 63,3 milhões, o que totalizaria R$ 126,6 milhões.
A contrapartida do governo é repassada por meio da Embratur, em montantes estipulados pelo número de assentos em novos voos. Os valores variam de R$ 40 a R$ 120 por assento, o que é definido considerando o custo de cada destino – para viajar para o Rio Grande do Norte, por exemplo, pode ser entendido como necessário dar maior incentivo que para a Bahia.
O cronograma para 2025 prevê a primeira chamada em janeiro, quando as companhias deverão se inscrever com foco em atração de voos para o Nordeste. Para esse primeiro edital serão investidos R$ 24 milhões, com a previsão de captar ao menos 260 mil novos assentos em voos internacionais no período de um ano.
“O turismo não só impulsiona a nossa economia, como também cria empregos e gera renda para a população”, disse o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Também no evento estavam o ministro do Turismo, Celso Sabino, a governadora do Rio Grande do Norte e presidente do Consórcio Nordeste, Fátima Bezerra, e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo.
Projeto piloto
Conforme o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), o projeto piloto do Pati investiu R$ 3,3 milhões e captou 70 mil assentos em voos internacionais para a temporada de verão 2024/2025 (27 de outubro a 30 de março).
No total, a Embratur recebeu 120 propostas de novas rotas ou aumento de frequências de voos internacionais no edital do projeto piloto do Pati. Os recursos federais são do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac).
“Estamos em um momento muito bom. Vamos bater todos os recordes de entrada de divisas internacionais, dinheiro que os turistas deixam no Brasil e que ajudam a gerar emprego e renda”, disse o presidente da Embratur, Marcelo Freixo.
A estimativa é de que o País bata recorde em assentos de voos internacionais para a temporada: 7,48 milhões, um crescimento de 19% em comparação ao verão de 2023/2024. Com esse volume, o País deve superar seu recorde de turistas internacionais – 6,4 milhões em 2014, durante a Copa do Mundo.
O governo projeta que a cada R$ 1 investido, há o potencial de retorno de R$ 20 para e economia brasileira, valor que considera o histórico de gastos de turistas estrangeiros no Brasil.
Com informações de Estadão Conteúdo (Luiz Araújo).
Imagem: Shutterstock