A varejista de moda UNIQLO segue um modelo de vestuário clássico e atemporal, usando este modelo como diferencial. As duas maiores varejistas de moda do mundo, a Inditex da Espanha, proprietária da Zara e da Hennes & amp e a Mauritz da Suécia seguem as tendências da moda, em um caminho muito diferente da UNIQLO, que ocupa a terceira posição do ranking.
A empresa japonesa mantém sua base, a partir da qual expande para a Europa. No entanto, a Ásia continua sendo a prioridade da companhia. Tadashi Yanai, fundador e chefe executivo da UNIQLO, deseja transformar a empresa na maior varejista de moda do mundo. “A Ásia é o motor do crescimento hoje”, afirmou o executivo. Ele destaca os milhões de consumidores em toda a região que estão atingindo a classe média na região. A companhia irá abrir sua primeira loja na Índia este ano e considera a possibilidade de expandir para outros países, como o Vietnã.
As operações internacionais são fundamentais para o crescimento da empresa. As ações da companhia vem crescendo desde 2015, graças a esta movimentação. No Japão, a UNIQLO vem fechando lojas devido ao encolhimento da população. O lucro operacional da Fast Retailing até agosto de 2018 foi de ¥ 236,2 bilhões (US $ 2,15 bilhões), a maior parte proveniente da UNIQLO. Pela primeira vez, a receita das operações internacionais da marca ultrapassaram as vendas domésticas e o lucro operacional no exterior quase igualou seu equivalente japonês.
Mais de metade das lojas estrangeiras da empresa estão localizadas na China. Assim, o país é responsável, sozinho, por 70% das receitas internacionais da marca. O resultado surpreende devido ao mal-estar de muitos chineses em relação ao Japão por causa do histórico do período de guerra. Além disso, a China é um país complicado para fazer negócios e os chineses valorizam as marcas na moda. Por outro lado, os consumidores locais desejam qualidade e os tecidos da UNIQLO, especialmente a linha voltada para o inverno, atraem o público local. Os executivos chineses educados no Japão, que entendem tanto a cultura de negócio japonesa quanto a chinesa colaboram para este resultado.
Para investir nos outros países da região, a empresa terá que fazer ajustes. Vários deles possuem clima quente. Na América, a UNIQLO lutou fora das grandes cidades das costas leste e oeste. Na Europa, seu caminho continua indefinido, devido ao mesmo modelo de negócios que ainda existe em empresas como a Gap. O que pode ajudar neste cenário são as parcerias com novos embaixadores para a marca e com designers.
Yanai é adepto da globalização, diferentemente de muitos executivos japoneses. Ele acredita que pode realizar as mudanças necessárias da UNIQLO. Ele também planeja expandir o portfólio da empresa, incluindo linhas de sapatos, vestidos e saias, das quais a marca possui poucas peças.
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