Nesta última quinta-feira (6) tive a oportunidade de palestrar no evento da GS&MD Gouvêa de Souza, o Retail Trends, onde, conjuntamente com outros consultores e convidados apresentamos as 10 tendências mais relevantes observadas no NRF Retail’s Big Show 2020, em Nova Iorque.
A tendência que tive a oportunidade de expor foi uma das mais relevantes no cenário atual, Mentalidade de Startup.
E por que mais relevante? Simples assim, em um mundo MU-VUCA, (Significativo (meaningful), Universal, Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo) somente com muita agilidade, resiliência, objetividade e propósito se ganha o jogo!
Como esse cenário impacta o varejo? De forma direta a tal ponto que o varejo se encontra em estado BETA! Ou seja, aquele estado não finalizado e sempre em evolução. Com esse novo varejo em estado Beta precisamos assumir o “mindset” de startup.
E como lidamos com isso? Para tanto, trago um conceito que fui capturar lá na área de humanas – “Lifelong Learning” ou seja aprender e reaprender continuamente, a vida toda.
E o consumidor, a quantas anda? Cada vez mais com as expectativas em alta e acelerada. A régua definitivamente subiu! Hoje nossos clientes esperam a facilidade do UBER, a rapidez do iFood e o storytelling da Louis Vuiton, tudo isso a um custo da PERNAMBUCANAS!
Trago aqui cinco ideias que norteiam esse novo consumidor e o contexto atual do varejo, são elas:
- Ponto de Venda Mágico: as pessoas esperam que as lojas sejam um ponto de experiência completa;
- Varejo profundo: em 2020, marcas inteligentes conhecem seus clientes mais que eles próprios;
- Cultura: a cultura da sua empresa é a sua marca. Faça mais para desenvolver seus colaboradores: eles representam a sua empresa;
- A-Commerce: da descoberta à entrega, as marcas estão cada vez mais automatizadas, sem fricção;
- Marketing: marketing inclusivo não é mais suficiente, hora de reimaginarmos tudo que estamos fazendo sobre a verdadeira diversidade dentro e fora da organização.
Para dar conta disso tudo o varejo encontrou nos Labs (Laboratórios) uma forma estruturada de buscar Inovação.
A partir de uma mentalidade de startup, ágil e focada no que é fundamental e que prevê uma integração interdisciplinar para novas ideias, as empresas estão trabalhando cada vez mais os Labs. Alguns ótimos exemplos destes Labs que vimos nesta edição do NRF foram os cases do Walmart, gigante que está reaprendendo a varejar… Eles no início de 2019 inauguraram o IRL (Inteligent Retail Lab) onde testam iniciativas que visam eficiência operacional, tais como Inteligência Artificial para reposição de produtos, Arrumação de Loja, reposição de mercadorias, inventários etc.
Outro “case” muito interessante apresentado por lá foi da H&M-Japan-Harajuku, onde conjuntamente com a Lucasfilm da saga Starwars, realizaram o H&M- Design Print Experience, onde acreditam que no futuro esse novo modelo de negócio permitirá ser mais sustentável, evitando o excesso de produção e criando produtos significativos que serão amados pelos seus clientes.
Mas, não só fora do Brasil encontramos Labs que estão revolucionando o varejo e ajudando o varejo a se reinventar. Aqui bem pertinho da gente e bem brasileira, a Alpargatas acaba de inaugurar a Havaianas Lab no shopping Iguatemi, projeto que estamos apoiando.
Neste laboratório a empresa tem como missão entender profundamente o público mais jovem e sua jornada, vale uma visita!
A partir da nossa experiência acumulada em projetos desta natureza, elenco alguns pontos fundamentais para o desenvolvimento do conceito:
- Definir qual é o papel do Lab para sua empresa
- Definir o modelo de governança
- Garantir que todas as áreas estejam envolvidas
- Definir regras e os processos operacionais
Afinal os Labs precisam de autonomia para serem diferentes, porém devem ser integradas! Não é uma pop-up!
Finalizo aqui com o que realmente acredito sobre esse modelo de laboratórios. O futuro é um lugar que estamos construindo e não um lugar que estamos indo!
NOTA: A GS&Consult, consultoria de negócios do grupo Gouvêa de Souza atua da Estratégia a operação. Na consultoria adotamos o modelo “agile” de atuar e entregar nossos projetos. Através de “sprints” pré-determinados e validação com nossos clientes a cada etapa, considerando a volatilidade do mercado e novas demandas, cada projeto evolui se adequando ao mercado até a entrega final totalmente aderente as necessidades do negócio.
* Imagem reprodução