As vendas do comércio físico brasileiro fecharam em queda de 1,6% em janeiro, em relação a dezembro de 2021. A principal baixa do mês foi no setor de material de construção, com -2,6%, segundo o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian.
Apenas três dos setores analisados apresentaram números positivos, com destaque para tecidos, vestuário, calçados e acessórios, com variação mensal de 1,5%.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o varejo físico ainda enfrenta dificuldades para retornar aos níveis de venda pré-pandemia. “Mesmo com a volta do consumo presencial, os empreendedores ainda encontram desafios para elevar nos níveis de vendas e manter um fluxo de caixa estável. O cenário instável de economia no país, a alta inflação e expressiva taxa de juros são fatores que não contribuem para essa recuperação”, afirma.
Rabi destaca que os setores que apresentaram crescimento mostram que o modelo de consumo da população brasileira segue sendo medido por meio da priorização de itens essenciais. “As pessoas continuam priorizando as compras e adiando supérfluos”, diz.
Variação anual
Na comparação anua,l entre janeiro de 2022 e o mesmo período de 2021, a queda foi de 5,6%. Na análise por segmento, apenas o de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática não registrou retração, crescendo 4,2%.
O setor de combustíveis e lubrificantes, bem como o de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas, tiveram as baixas mais expressivas de 14,9% e 9,8%, respectivamente.
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