O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira, 10, uma ordem executiva com a imposição de amplas tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio pelo país, inclusive sobre os embarques desses produtos pelo Canadá e do México, que juntos respondem por cerca de 40% das importações de aço dos EUA.
“Hoje estou simplificando nossas tarifas sobre aço e alumínio”, disse Trump no Salão Oval ao assinar ordens executivas. “São 25% sem exceções ou isenções”, disse.
Estas tarifas seguem-se às taxas de 10% anunciadas sobre a China – que anunciou as suas próprias tarifas retaliatórias sobre alguns produtos importados dos EUA – e às taxas de 25% sobre o Canadá e o México, que foram adiadas.
Na Bolsa de Nova York, as ações das siderúrgicas americanas já reagiam, na segunda-feira, à expectativa de aplicação de tarifas. Os papéis da Nucor ganharam 5,58%, os da Steel Dynamics subiram 4,86%, os da Cleveland-Cliffs saltaram 17,93% e os da Alcoa tiveram alta de 2,24%.
Mais cedo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reforçou que o governo só iria comentar a decisão de Donald Trump após o anúncio oficial. Alckmin repetiu que a relação comercial dos Estados Unidos com o Brasil é de ‘ganha-ganha’, ao defender o diálogo.
“Vamos aguardar, não devemos comentar expectativa, comentamos fatos”, disse o vice-presidente brasileiro.
A orientação do Planalto aos auxiliares de Lula foi de discrição sobre o assunto. As declarações dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad foi na mesma linha: a de aguardar a medida concreta dos americanos.
Com informações de Estadão Conteúdo (Thais Porsch, Patricia Lara e Renan Monteiro)
Imagem: Shutterstock