Estudo mostra que consumo de bebidas alcoólicas é menor entre jovens da geração Z

Segundo a pesquisa da MindMiners, brasileiros estão mudando hábitos e preferindo bebidas mais saudáveis

A população mais jovem, representada pela geração Z, nascida entre a segunda metade da década de 1990 e o ano de 2010, está consumindo menos bebidas alcoólicas em comparação com as gerações anteriores. Essa é uma das conclusões do estudo “O dossiê das bebidas”, realizado pela MindMiners.

O estudo traz uma série de insights sobre a relação dos brasileiros com as bebidas, revelando as principais necessidades e preferências dos consumidores. E mostra que os mais jovens estão escolhendo bebidas mais saudáveis – o que tem modificado de forma geral os padrões de consumo e, consequentemente, impulsionado a inovação na categoria. A tendência está relacionada principalmente à falta de interesse (58%) e ao sabor das bebidas (35%).

“A pesquisa nos mostra que, em meio a uma mudança de paradigma onde a saúde e o bem-estar ganham destaque, a Geração Z emerge como uma força impulsora dessa transformação, reduzindo o consumo de bebidas alcoólicas e optando por estilos de vida mais equilibrados. No entanto, paradoxalmente, são os membros dessa geração os mais suscetíveis à influência da publicidade e abertos a experimentar novas marcas e tipos de bebidas alcoólicas, juntamente com a Geração Y”, comenta a especialista da MindMiners Flávia Rodrigues.

O estudo foi realizado por meio da plataforma de consumer insights da MindMiners e ouviu 3 mil respondentes de todo o País. A pesquisa revelou que 45% da Geração Z consomem a categoria. Entre os millennials (nascidos após o início da década de 1980 até, aproximadamente, a primeira metade da década de 1990), o consumo de bebida alcoólica foi declarado por 57%. Entre a geração X (nascidos entre 1965 e 1981), por 67%; e, entre os baby boomers (entre 1945 e 1964), por 65%.

O levantamento da MindMiners também mostra que, entre todos os entrevistados, independentemente da geração, 57% consomem bebidas alcoólicas e, entre as categorias mais populares, a cerveja é a líder, sendo a preferida de 44%. Logo depois vêm o vinho, com 37% das preferências; os destilados, com 36%; os produtos “ready to drink” (prontos para beber), com 26%; e outras opções somam 24%.

Desejo por redução no consumo de álcool

A pesquisa mostra que 43% dos entrevistados que consomem bebidas alcoólicas hoje querem reduzir esse uso. Isso se nota, principalmente, entre aqueles que já o fizeram nos últimos 12 meses. O que motiva a mudança e redução do consumo, segundo a MindMiners, é o desejo pelo cuidado com a saúde e a busca por qualidade de vida.

Esses dados revelam um panorama promissor para a categoria de cerveja sem álcool, que tem crescido no Brasil e mundo afora. Para 82% dos entrevistados, essa é uma opção interessante por se tratar de uma bebida mais “familiar”.  Além disso, 47% dos respondentes já experimentaram cerveja sem álcool.

“É interessante notar que a maioria dos conhecedores dessa categoria são consumidores regulares de bebidas alcoólicas, destacando um potencial para ampliar o alcance da cerveja sem álcool entre esse público. A associação entre cerveja sem álcool e atividade física, observada em 88% dos conhecedores da categoria, sugere uma percepção de saudabilidade e compatibilidade com um estilo de vida ativo, o que pode impulsionar ainda mais sua popularidade”, afirma Flávia Rodrigues.

Existe, ainda, a disposição dos consumidores de pagar mais por bebidas que promovem benefícios à saúde, revelada por 57% dos respondentes.

Você tem sede de quê?

A busca por saúde por meio de escolhas conscientes é o principal motivo para o não consumo de bebidas alcoólicas, de acordo com a pesquisa. Os dados mostram que 74% dos respondentes consomem bebida à base de leite, enquanto 70% ingerem suco, sendo 58% suco natural da fruta. Para 84%, a água é considerada a bebida mais importante para a saúde física. Esses consumidores destacam a ênfase na hidratação e nos benefícios associados à ingestão adequada de água para o organismo.

Por outro lado, há uma conscientização significativa sobre os efeitos prejudiciais de certas bebidas. A crença de que sucos industrializados e refrigerantes são prejudiciais à saúde é compartilhada por uma parcela significativa da população, sendo apontada por 59% e 67% dos entrevistados, respectivamente. Isso indica um aumento na preocupação com os ingredientes artificiais, açúcares adicionados e outros aditivos presentes nesses produtos.

Insights do estudo da MindMiners:

Os principais insights da pesquisa da MindMiners, estão os seguintes:

  • 60% gostam de experimentar novas marcas e tipos de bebidas alcoólicas;
  • 41% das pessoas alteraram o volume de consumo nos últimos 12 meses; 33% declararam ter diminuído a ingestão de alcoólicos, enquanto 8% afirmaram ter aumentado;
  • 43% das pessoas entrevistadas não consomem bebidas alcoólicas. Mais da metade porque não tem interesse, 34% por não gostarem do sabor dessas bebidas, 30% porque não gostam dos efeitos do álcool, 19% porque querem melhorar a qualidade de vida e 17% por questões religiosas;
  • 58% experimentaram cerveja sem álcool por curiosidade, enquanto 14% devido ao uso de medicamentos restritivos e 11% por causa do álcool e a direção;
  • 58% experimentaram drinks prontos por curiosidade;
  • 57% afirmam que pagariam mais caro em bebidas que oferecessem benefícios à saúde, principalmente entre as mulheres, e 66% declararam que gostam de bebidas com ingredientes mais naturais;
  • 86% dos respondentes acreditam que o material da embalagem é importante para manter o sabor e/ou a qualidade das bebidas;

Imagem: Shutterstock

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