Huawei registra maior margem de lucro e receita no 1º semestre, apesar de sanções dos EUA

As vendas de sua unidade de infraestrutura foram de 167,2 bilhões de yuans

Huawei registra maior margem de lucro e receita no 1º semestre, apesar de sanções dos EUA

A gigante de tecnologia chinesa Huawei ampliou sua receita em 3% no primeiro semestre de 2023, em relação ao ano anterior, e sua margem de lucro também registrou alta, apesar das sanções que bloqueiam o acesso a chips de processadores e outras tecnologias dos Estados Unidos.

A receita nos seis meses encerrados em junho aumentou 3,1%, para 310,9 bilhões de yuans (US$ 43,1 bilhões), informou a Huawei Technologies. A empresa não forneceu números de lucro, mas disse que sua margem de lucro foi de 15%, o que seria de cerca de 45 bilhões de yuans (US$ 6,5 bilhões) e um aumento em relação à margem de 4,3% registrada no primeiro trimestre deste ano.

As vendas de sua unidade de infraestrutura foram de 167,2 bilhões de yuans (US$ 23,2 bilhões), segundo a Huawei. As vendas ao consumidor foram de 103,5 bilhões de yuans (US$ 14,3 bilhões). As vendas da incipiente unidade automotiva, que fornece rede e outras tecnologias para carros elétricos, foram de 1 bilhão de yuans (US$ 138,6 bilhões).

Metade dos 207 mil funcionários da Huawei trabalham em pesquisa e desenvolvimento. A empresa afirmou que conseguiu desenvolver substitutos para componentes dos EUA e que fez avanços no desenvolvimento de suas próprias ferramentas de design para chips de processador.

Queda dos lucros em 2022

A Huawei, fabricante de equipamentos de telecomunicações, teve lucro líquido de 35,5 bilhões de yuans (US$ 5,1 bilhões) em 2022, recuo de 68,7% na comparação com 2021. Nesse período, a receita líquida totalizou 642,3 bilhões de yuans (US$ 92,379 bilhões), crescimento de 0,9%.

A queda no lucro da gigante chinesa está relacionado, principalmente, ao aumento das despesas com pesquisa e desenvolvimento. Essa rubrica cresceu 13,2% na comparação anual, chegando a 161,5 bilhões de yuans. Os gastos com pesquisa e desenvolvimento foram equivalentes ao recorde de 25,1% da receita ano passado, ante 22,4% no ano anterior.

A companhia explicou que está investindo em pesquisa básica e inovação aberta em áreas como inteligência artificial, armazenamento e compartilhamento de dados em nuvem, componentes automotivos e tecnologias de software fundamentais.

Com informações Estadão Conteúdo.
Imagem: Shutterstock

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