Segundo estimativas da FecomercioSP, comércio atacadista deve apresentar a maior taxa de crescimento, de 1,2% em relação ao fim de 2016
Em 2017, as contratações no varejo, atacado e setor de serviços paulista devem superar os desligamentos. Em conjunto, os três setores devem abrir 16.591 postos de trabalho, encerrando o ano com 9.885.532 empregos com carteira assinada. É o que estima a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Os dados compõem as pesquisas de emprego no comércio varejista, atacadista e setor de serviços do Estado de São Paulo (PESP Varejo, Atacado e Serviços), apuradas mensalmente pela Federação com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
A Federação reforça que a quantidade de empregos formais ainda não atinge os números de 2014, quando os três setores apontaram 10.238.571 empregos com carteira assinada. Mesmo assim, é um resultado animador, levando em consideração os dois últimos anos, quando os desligamentos foram maiores que as admissões.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, a melhora no emprego nos três setores é reflexo das sucessivas quedas na taxa de juros e o menor impacto da inflação na renda das famílias, que favoreceram o aumento da segurança do consumidor e a volta dele às compras.
Varejo
Após dois anos de crise, em que mais 107 mil empregos com carteira assinada foram eliminados, o mercado de trabalho formal do comércio varejista voltou a registrar saldo positivo de vagas.
Em 2017, a FecomercioSP projeta a abertura de 3.069 postos de trabalho com carteira assinada no varejo do Estado de São Paulo, saldo de 854.511 admissões e 851.442 desligamentos, segundo a Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista de São Paulo (PESP Varejo). Assim, o varejo paulista deve encerrar o ano com um estoque ativo de 2.085.952 trabalhadores formais, leve alta de 0,1% em relação aos 2.082.883 vistos em 2016.
Os impulsionadores do bom resultado do comércio varejista foram os setores supermercadista (mais 12.200 novos postos de trabalho) e farmácias e perfumarias (cerca de 4.500 novos empregos). Em contrapartida as atividades de materiais de construção, vestuário, tecidos e calçados e outras atividades, devem terminar 2017 com perdas superiores a 4 mil vagas.
Atacado
No comércio atacadista, o quadro é o mesmo, com a retomada do emprego após dois anos de resultado negativo. Neste ano, estima-se a criação de 5.969 postos de trabalho com carteira assinada no Estado de São Paulo, saldo de 176.829 admissões e 170.860 desligamentos. Assim, o setor atacadista paulista deve encerrar o ano com um estoque ativo de 497.911 trabalhadores, crescimento de 1,2% em relação aos 491.942 vistos no fim de 2016.
As maiores contribuições para o resultado positivo devem ser das atividades de Alimentos e bebidas (3.795 novas vagas) e Produtos farmacêuticos e de higiene pessoal (2.136), que, juntas, devem somar 5.931 novos trabalhadores com carteira assinada em 2017. Na outra ponta, Materiais de construção, Madeiras e ferramentas e Máquinas de uso comercial e industrial devem perder, no total, 766 vagas.
Setor de serviços
Após perder mais de 237 mil postos de trabalho no acumulado de 2015 e 2016, o setor de serviços no Estado de São Paulo deverá gerar, em 2017, 7.533 empregos celetistas, saldo de 2.128.929 admissões e 2.121.376 desligamentos. A estimativa é que o setor de serviços do Estado de São Paulo encerre o ano com um estoque ativo de 7.301.669 trabalhadores com carteira assinada, praticamente estável (0,1%) em relação aos 7.294.116 vistos no fim de 2016.
As atividades com as maiores contribuições para o resultado positivo devem ser Serviços médicos, odontológicos e veterinários, com 18.540 novos empregos, seguidos por Alojamento e alimentação (8.912). Por outro lado, Transporte e armazenagem e Empresas financeiras e de seguros devem registrar saldo negativo mais significativo, totalizando a perda de 17.950 vínculos empregatícios.