O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou que o país responderá “de maneira extremamente forte e firme” caso os Estados Unidos confirmem a imposição de tarifas sobre o aço, alumínio e outros produtos canadenses, conforme prometido anteriormente. “Não queremos entrar em uma guerra comercial com os EUA, mas se eles insistirem nisso, reagiremos”, declarou o premiê durante uma coletiva de imprensa após conversas com líderes europeus em Bruxelas.
“Qualquer tarifa dos EUA contra o Canadá vai impactar os consumidores americanos. As tarifas sobre o aço e o alumínio canadenses prejudicarão o crescimento dos Estados Unidos”, acrescentou Trudeau.
O primeiro-ministro também mencionou que conversou brevemente com o vice-presidente dos EUA, JD Vance, sobre o possível aumento do desemprego nos Estados Unidos com a aplicação de tarifas contra o Canadá, devido à desaceleração da economia americana. “Serão tempos difíceis para ambos os países.”
Além disso, Trudeau assegurou que o Canadá “nunca será o 51º estado americano”, em referência às declarações de Donald Trump sugerindo uma anexação do país. “Devemos levar a sério as falas de Trump”, completou.
No Brasil
No Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou “enorme preocupação” em seu posicionamento oficial sobre as tarifas contra aço e alumínio anunciadas ontem pelo governo de Donald Trump. Após observar que as exportações industriais são essenciais ao crescimento econômico e ao fortalecimento da competitividade do Brasil, a entidade disse também que a barreira a esses produtos nos Estados Unidos causa apreensão ao setor.
Com informações de Estadão Conteúdo (Pedro Lima)
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