A meta de zerar emissões de carbono pode ser comprometida pelos níveis baixos de produção e comércio de matérias-primas fundamentais para a transição, apontou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relatório publicado nesta terça-feira, 11.
A OCDE disse que, apesar de a produção e o comércio da maior parte dos materiais críticos ter se expandido rapidamente nos últimos dez anos, o crescimento não está acompanhando a demanda projetada para esses metais e minerais.
Lítio, cromo, arsênico, cobalto, titânio, selênio e magnésio registraram as maiores expansões de volume de produção – variando entre 33% para o magnésio e 208% para o lítio – na última década, informou no documento. Mas, segundo a organização, o volume ainda está bem abaixo do aumento entre quatro e seis vezes na demanda projetados para a transição verde.
Além disso, a produção global de outras matérias-primas críticas (como chumbo, grafite natural, zinco, minérios, estanho e concentrados de metais preciosos) diminuiu na última década.
“O desafio de alcançar emissões líquidas zero de CO2 exigirá uma expansão significativa da produção e do comércio internacional de matérias-primas críticas”, declarou o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann.
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) , a expectativa é de que o Brasil movimente US$ 100 bilhões até 2030 no mercado de crédito de carbono. Atualmente, as empresas negociam créditos de carbono no mercado voluntário, isto é, por conta própria. No entanto, já existem no Congresso Nacional discussões sobre o tema.
Com informações de Estadão Conteúdo (Maria Lígia Barros)
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