A Mobly, que opera no comércio digital de móveis e decoração no Brasil, concluiu a aquisição de 61,11% do capital social votante da Tok&Stok. A operação representa um importante passo estratégico, fortalecendo sua posição no mercado e diversificando o portfólio de produtos e serviços de seu e-commerce.
Com essa transação, a Mobly visa alcançar sinergias que incluem redução de custos operacionais, otimização logística e benefícios tributários, o que permitirá à empresa explorar novos segmentos de mercado e oferecer soluções diversificadas para diferentes públicos.
A integração das duas marcas ampliará a capacidade de geração de caixa da Mobly, com expectativa de um incremento anual entre R$ 80 e R$ 135 milhões. “Para a Tok&Stok, temos a intenção de levar nossa iniciativa de fabricação de móveis. Isso deve reduzir o custo, o que permite não apenas aumentar a nossa margem, mas oferecer preços menores para o cliente final”, diz Victor Noda, CEO da Mobly.
A previsão é de que a fusão traga melhorias nos custos, economias nas aquisições por meio da verticalização, maior eficiência logística, aproveitamento de benefícios fiscais das duas marcas, além do aumento das vendas cruzadas, avanços no e-commerce e ampliação do portfólio de produtos com o conceito de prateleira infinita.
O próximo passo envolve a homologação do aumento de capital e a emissão de debêntures conversíveis, de acordo com o exercício do direito de preferência dos acionistas.
Pedido de falência
Em abril deste ano, a consultoria de tecnologia Domus Aurea, com sede em Barueri (SP), solicitou a falência da Tok&Stok em um tribunal de São Paulo, alegando que a varejista possui uma dívida de R$ 3,8 milhões referente a um projeto suspenso. O valor é contestado pela Tok&Stok, de acordo com fontes.
O pedido de falência foi feito à 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo e afirma que “a insolvência da Tok&Stok é comprovada”, pois a empresa não fez pagamentos a Domus, em atraso de três meses.
O contrato com a Domus foi fechado pela Tok&Stok em 2019, por ao menos cinco anos, no valor de R$ 34 milhões, para o desenho de estratégia, desenvolvimento, assessoria, gestão e treinamento em tecnologia digital para as operações da varejista.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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