A pandemia de covid-19 exigiu que os mais diversos setores utilizassem soluções inovadoras para adaptar à nova realidade. Com a missão de buscar soluções inovadoras e desenvolver o trabalho de startups do segmento farmacêutico surgiu a Farma Ventures, primeira corporate venture builder do varejo farmacêutico do Brasil.
Lançada em março de 2020, a Farma Ventures foi uma iniciativa de duas redes de farmácias do País, a Drogal e a Indiana. Ambas se tornaram sócias da companhia e servem de porta de entrada para as soluções apresentadas pelas startups.
Com menos de dois anos de criação, a empresa já conta com nove startups em seu portfólio, como Proffer, Ligo e XLZ. Ao todo, o valuation da empresa é de R$ 42 milhões.
“O varejo farmacêutico demanda plataformas e sistemas tecnológicos para potencializar ainda mais seus resultados. Nossa proposta é justamente destacar e realçar as startups que se debruçam sobre esse setor e precisam de apoio para crescerem”, explica Marcos Knosel, CEO da Farma Ventures.
Processo de seleção
A Corporate Venture Builder faz um processo de busca se startups que sejam promissoras e promovam impacto socioeconômico com suas soluções. Entre os segmentos de investimentos estão os de automação do PDV, soluções omnichannel, gestão de preços e estoque, serviços de saúde, inteligência de mercado, gestão de pessoal e outras frentes.
A partir da seleção, a Farma Ventures entra como cofounder da startup e garante o apoio intelectual, relacional e estratégico para a empresa selecionada. A parceria permite que as soluções tenham um acesso ampliado ao mercado farmacêutico e aos fundos de investimento.
O varejo farmacêutico atravessa um bom momento. Segundo um levantamento feito pela Fundação Instituto de Administração (FIA), da Universidade de São Paulo, para a Associação Brasileira de Redes de Farmácia (Abrafarma), aponta que o setor movimentou R$ 66,07 bilhões entre agosto de 2020 e julho de 2021.
Etapas de trabalho
Tanto a Drogal como a Indiana são mentoradas pela Top Capital, butique de investimentos focada em estratégia corporativa. As duas empresas encontraram no formato de negócio da FCJ Venture Builder a melhor opção para colocar o projeto em prática.
“Com essa estrutura, queremos impulsionar as startups do nosso portfólio permitindo que elas tenham o apoio necessário em todas as etapas do trabalho. Assim, é possível apresentar propostas inovadoras que realmente tragam impacto positivo para todo o ecossistema”, afirma Knosel.
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