No ano passado, 9,1 milhões de pessoas compraram online pela primeira vez, elevando o número de consumidores únicos – que, ao menos uma vez, já utilizaram a internet para adquirir algum produto – para 51,3 milhões, segundo relatório da E-bit.
Segundo o estudo divulgado nesta quarta-feira (12/03), em 2013, o e-commerce brasileiro cresceu 28% em relação ao ano anterior, faturando R$ 28,8 bilhões. Apesar da inflação e do baixo crescimento econômico, o número de pedidos online aumentou 32%, chegando a 88,3 milhões. Uma das razões foi a Black Friday, que movimentou R$ 770 milhões em um único dia, assim como a popularização da banda larga móvel. Consumidores das classes C e D, que antes não tinham acesso à internet, agora, estão conectados com seus smartphones.
Em contrapartida, o tíquete médio teve leve queda de 4,4% e ficou em R$ 327. A oferta de frete grátis, um dos principais motivadores das compras online, também diminuiu. Em dezembro de 2012, as entregas gratuitas correspondiam a 58%. Em dezembro de 2013, essa taxa caiu para 50%. “As empresas estão buscando rentabilidade e entrega rápida tem custos. A conveniência tem o seu preço. Mas, em compensação, o consumidor passará a ter mais opções de frete”, analisa Pedro Guasti, diretor executivo da E-bit.
Mobile Commerce ganha força
Em janeiro de 2013, a modalidade correspondia a 2,5% de todas as vendas online. Em dezembro, quase dobrou (4,8%). A tendência é que as vendas através de dispositivos móveis cresçam ainda mais.
Troca e devolução
47% dos consumidores passaram a comprar menos pela internet após terem encontrado dificuldade ao tentar trocar ou devolver alguma mercadoria. A pesquisa também mostrou que muitas pessoas sequer tentam trocar ou devolver a compra quando têm algum problema, por causa da burocracia dos processos. Além disso, 63% dos consumidores acreditam que é mais fácil trocar ou devolver algum produto em uma loja física.
Categorias em destaque
A categoria “Moda & Acessórios” foi a mais vendida durante o ano, seguida por “Cosméticos e Perfumaria/ Cuidados Pessoais/ Saúde”, “Eletrodomésticos”, “Livros/ Assinaturas e Revistas”, “Informática”, “Telefonia/ Celulares”, “Casa e Decoração”, “Eletrônicos”, “Esporte e Lazer” e “Brinquedos e Games”, respectivamente.
Perspectivas
Carnaval tardio, feriados prolongados, Copa do Mundo e eleições podem influenciar o e-commerce brasileiro em 2014. Até o final do ano, o setor deve apresentar um crescimento nominal de 20%, faturando R$ 34,6 bilhões.
Fonte: 29ª edição do relatório Webshoppers, da E-bit.