Um estudo realizado pelo Instituto Qualibest, em parceria com a empresa de marketing de influência Spark, apontou que ao menos 76% dos internautas brasileiros já consumiram produtos ou serviços após a indicação de influenciadores digitais. Esse número aumenta para 82% entre as pessoas que prestam atenção nas publicações pagas.
Os números também desmistificam o sentimento de desconfiança dos internautas em relação ao trabalho dos influenciadores digitais: os seguidores, de fato, os enxergam como disseminadores de conteúdo relevante. “Era comum um creator fazer um post patrocinado e não divulgar que foi pago para promover determinado produto por receio de o post não ter engajamento. Hoje, a sinalização de que a postagem é um publi reforça a transparência do conteúdo”, explicou Rafael Coca, sócio-fundador da Spark.
O estudo mostrou, ainda, que a maior parte dos internautas sabe como identificar os posts patrocinados e considera importante essa identificação. O reconhecimento de que o conteúdo é publicidade paga praticamente não diminui a interação ou o engajamento. “Os posts patrocinados não prejudicam a confiança no influenciador ou na marca, desde que a comunicação preserve o sentimento de autenticidade e liberdade do Influenciador, ele tem que ser autêntico”, completou Daniela Malouf, do Instituto QualiBest.
O levantamento apontou, ainda, que as redes mais usadas para seguir influenciadores são: Instagram (81%), Youtube (81%) e, em um segundo patamar, Facebook (49%). No que diz respeito ao Instagram, o estudo revela também que 41% dos internautas assistem os stories com o áudio desligado e admitem que só ativam o volume se o conteúdo for relevante. Além disso, apesar das mudanças realizadas recentemente pela rede social em relação à ocultação do número de likes, 42% deles não alterou a forma como interagem no aplicativo.
Por fim, o levantamento mostra quais são os itens mais comprados a partir da indicação de um influenciador digital. Em primeiro lugar estão os produtos de beleza (52%), seguido por livros (42%), que empatam com moda e acessórios. Na sequência, alimentos e bebidas – alcoólicas ou não – (30%), celulares e smartphone (29%) e produtos de cuidado com a casa (23%).
A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 9 de agosto de 2019 com 1.100 pessoas de todos os gêneros e classes sociais, e com abrangência nacional. O perfil dos entrevistados incluía o acesso ao mínimo duas redes sociais, e seguidores de influenciadores digitais.
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