A maior data de venda do mundo começou nesta sexta-feira à meia-noite de Pequim, quando o gigante chinês de comércio eletrônico Alibaba lançou seu festival Singles ‘Day shopping. O marketplace online chinês começou as vendas do Single’s Day às 11 da manhã (no fuso horário dos Estados Unidos) e registrou $1 bilhão de dólares em vendas nos primeiros cinco minutos, segundo a empresa.
Na primeira hora o volume de pedidos bateu o recorde: foram 175 mil pedidos por segundo, de acordo com a Clavis Insight. O total de vendas nas primeiras duas horas passou de $5 bilhões, com 84 por cento das vendas foram realizadas via dispositivos móveis.
A empresa realiza o Single’s Day por sete anos agora. No ano passado, o Alibaba (BABA) registrou vendas de US $14,3 bilhões no dia dos solteiros.
Este ano, estima-se que a empresa poderá vender até US $20 bilhões, um aumento de 40% em relação ao ano passado, de acordo com a empresa de pesquisa com sede em Nova York, Fung Global Retail & Technology. A maior parte dos consumidores está na China e na Ásia e estima-se que o site tenha mais 100 mil marcas, 11 mil delas de fora da China.
A data também é uma grande oportunidade para varejistas norte-americanos que procuram alcançar os consumidores chineses. No ano passado, os Estados Unidos foi o país com o maior número de produtos importados, disse o Alibaba. As marcas estrangeiras representaram 10% das compras do dia de solteiros em 2015.
Este ano o Alibaba também está oferecendo aos compradores a oportunidade de fazer viagens virtuais de 360 graus a lojas estrangeiras que incluem Macy’s, Costco e Target usando um programa especial de compras de realidade virtual chamado Buy +.
“O Alibaba já é um site de comércio eletrônico enorme na Rússia, Brasil e Espanha, países onde os consumidores agora estão acostumados a comprar em um site chinês”, disse Lily Varon, analista de e-commerce da Forrester.
Na China, o Singles’ Day ensinou os compradores a esperar por descontos “agressivos” disse Varon.
“O precedente foi estabelecido para os consumidores que querem descontos de 50%, até o ponto em que as autoridades chinesas estão de olho nos varejistas por conta da inflação de preços nas semanas anteriores ao dia da compra, para que possam cortar em 11 de novembro”, disse ela.
AliExpress nos EUA
Enquanto Singles ‘Day tem provado ser um grande sucesso com as marcas americanas que querem vender para os consumidores chineses, ele ainda não emplacou como evento de compras para os consumidores dos EUA.
Em parte isso se deve por conta da Amazon e outros players que já ocupam grande parte do espaço de comércio eletrônico e em parte porque 11 de novembro é muito perto de Natal para obter muita tração como um feriado de compras em separado.
Além disso, Singles Day cai no Dia dos Veteranos, um feriado que homenageia veteranos militares que os Estados Unidos celebraram desde o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918.
Criar um evento de compras de tamanho alcance não é tarefa fácil, disse Varon. A Amazon fez isso com Prime Day, realizada em julho. Muitos acreditam que a idéia foi inspirada no Singles Day. No entanto, mesmo em seu próprio território, a Amazon lutou para tornar o Prime Day uma “sensação” entre os consumidores. – No começo, foi rochoso – disse ela.
História do Single’s Day
Singles Day começou como um Dia dos Namorados obscuro como feriado na década de 1990 entre os estudantes universitários em Nanjing.
A data, 11-11, foi escolhida porque é composta de 1’s, ou singles. O que começou como um dia para os solteiros para se reunir com os amigos e conhecer novas pessoas foi ampliado para incluir as mulheres e ser um encontro geral “meet event mates”.
Singles ‘Day é a tradução chinesa de 光棍节, Guānggùn Jié, ou “bare branches holiday”. “Bare branches holiday” é um termo chinês para solteiros para determinar aqueles que ainda não se casaram e não tiveram filhos, ou ‘frutos’
Em 2009 Alibaba reformulou o 11-11 para ser um dia para pessoas solteiras comprarem itens que queriam para si ou para amigos, em vez de esperar por um casamento e ou presentes que tradicionalmente compram.
Com informações de: USA Today
