A Pfizer anunciou que sua receita pode cair no próximo ano, prejudicada por uma desaceleração contínua na demanda pela vacina contra a covid-19 e produtos relacionados da farmacêutica.
A empresa tem como meta para 2024 uma receita de US$ 58,5 bilhões a US$ 61,5 bilhões, abaixo dos US$ 62,66 bilhões esperados por analistas consultados pela FactSet. Os números permaneceriam praticamente estáveis em relação a este ano, cuja meta da receita é de US$ 58 bilhões a US$ 61 bilhões.
A Pfizer disse que espera obter cerca de US$ 8 bilhões em receita no próximo ano com sua vacina contra a covid-19 e seu tratamento Paxlovid para a doença, uma queda em comparação a contribuição esperada para 2023, de aproximadamente US$ 12,5 bilhões em receita.
Além disso, a farmacêutica comunicou meta de lucros ajustados em 2024 de US$ 2,05 a US$ 2,25 por ação, abaixo dos US$ 3,17 por ação esperado pela FactSet.
Depois do anúncio, a ação da Pfizer passou a registrar perdas no mercado acionário em Nova York e caía 7,38%, por volta das 14h50 (de Brasília). No acumulado do ano até agora, os papéis da empresa tinham queda de 46,73%.
Compra da Seagon
A Pfizer anunciou a compra da empresa de biotecnologia Seagen e sua classe pioneira de medicamentos contra câncer por US$ 43 bilhões. Sob os termos do acordo, a Pfizer pagará US$ 229 por ação em dinheiro. As empresas esperam que o acordo seja finalizado no final deste ano ou no início do ano que vem.
O total de US$ 43 bilhões inclui dívidas, disse uma porta-voz da Pfizer. É provável que a empresa enfrente o escrutínio dos reguladores antitruste, que intensificaram suas revisões na área de saúde e outros acordos.
A Seagen, com sede nos arredores de Seattle, ajudou a criar uma classe de medicamentos conhecidos como conjugados de drogas de anticorpos, ou ADCs, que podem atacar tumores para atacá-los com um agente tóxico.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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