O setor de serviços apresentou as maiores altas nos salários de contratação. No período, o aumento para o cargo de técnico em secretariado foi de 17,3%, enquanto o de professor de nível superior na educação infantil alcançou 14,6%. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e mostram que, em comparação com outubro do ano anterior, o salário médio de admissão no País subiu 5,75% (1,2% em termos reais).
O estudo indica que este é um bom momento para quem possui formação técnica se recolocar no mercado. Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o mercado de trabalho enfrenta escassez de mão de obra qualificada, com registro acima de 35%, o que tem levado os setores a elevar os salários iniciais na busca por profissionais para preencher as vagas abertas.
“Com o mercado de trabalho registrando nível de desemprego histórico, em 6,4%, este impacto já era esperado. A taxa de crescimento da economia superou as expectativas na primeira metade do ano, e o crescimento do PIB contribui para este fenômeno, assim como outros fatores, como a redução da população na força de trabalho”, afirma o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
De acordo com o IBGE, o terceiro trimestre de 2024 fechou com 62,4% de participação da força de trabalho em relação à população total do País, enquanto no período pré-pandemia esse índice atingia 63,6%. Essa diferença percentual representa cerca de 3 milhões de pessoas a menos em busca de emprego.
Setor de serviços aquecido
O estudo da CNC destaca outras profissões do setor de serviços que apresentaram sobra de vagas em relação à quantidade de profissionais disponíveis, como:
- técnico de enfermagem, que teve acréscimo de 10,6% no salário inicial;
- técnico de vendas, com aumento de 9,5% no momento da contratação;
- professor de nível superior na educação infantil (0 a 3 anos), com salário 9,2% maior;
- fisioterapeuta geral, com aumento de 8,6%;
- zelador de edifício, com acréscimo de 8,3%;
- auxiliar de pessoal, com aumento de 8,3%.
Os números de setembro da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE, já haviam mostrado o aquecimento do setor, cujo crescimento de 1% no mês superou as expectativas. Atualmente, o volume de receitas está 16,4% acima do registrado em fevereiro de 2020, mês anterior à pandemia.
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