As gigantes americanas de tecnologia Amazon e Google têm fortalecido a aposta em lojas físicas com o objetivo de ampliar a oferta de produtos e serviços e, ao mesmo tempo, estabelecer uma conexão direta das marcas com o consumidor final.
Lojas das duas empresas estiveram presentes no roteiro da delegação da Gouvêa Ecosystem nesta sexta-feira, 13, em Nova York. A Mercado&Consumo acompanha a delegação, que desembarcou na cidade para acompanhar a NRF Retail’s Big Show, um dos mais relevantes eventos de varejo e consumo do mundo, e faz uma cobertura completa do evento.
Uma das grandes apostas da Amazon é no modelo Fresh, um supermercado extremamente tecnológico. Apesar de o varejo alimentar dos Estados Unidos ser há anos dominado pelo Walmart, a Amazon Fresh tem ganhado relevância no setor – o formato conta agora com 39 lojas em oito Estados dos Estados Unidos.
Todas as novas lojas da Amazon Fresh contam com a tecnologia “Just Walk Out”. Por meio dela, o cliente entra na loja usando um QR Code disponível no aplicativo da Amazon, apresentando um cartão de crédito ou escaneando a palma da mão.
A loja é repleta de câmeras com amplo campo de visão e resolução. Possui, ainda, quiosques da Alexa que ajudam os clientes a encontrar o que precisam. Depois de colocar os produtos na sacola, o consumidor sai da loja sem precisar passar pelo caixa (embora existam caixas disponíveis para os menos habituados à tecnologia da loja). Toda a compra é computada e cobrada automaticamente dali a alguns minutos no cartão de crédito.
A tecnologia embarcada na Amazon Fresh cria um diferencial importante para a loja, uma vez que reduz o atrito do cliente na hora do pagamento. A Amazon investe 12% do faturamento em tecnologia – como comparação, outros varejistas investem de 0,5% a 2%.
Google Store
O Google deixou faz tempo de ser uma empresa de busca pela internet – ainda é, mas é também fornecedora de soluções como publicidade online, computação em nuvem, software de computador, computação quântica, comércio eletrônico, inteligência artificial e artigos eletrônicos.
As lojas físicas do Google têm o objetivo justamente de expor esses artigos e “educar” o consumidor sobre os produtos da marca. Entre eles, estão estão celulares, fones, smartwatches, o aparelho Chromecast e até laptop. No ponto físico, o cliente também pode consultar especialistas para solucionar problemas, fazer reparos ou planejar compras futuras.
As lojas têm um ambiente aconchegante, todo de madeira e com pufes, lounges e tons pastéis. A atmosfera clean tem por trás a intenção de se criar um ambiente para o consumidor passar um tempo. A ideia do Google é que ele se sinta em casa e veja como é o dia a dia usando os produtos e serviços da marca.
Imagens: Aiana Freitas e Gustavo Grohmann