O e-commerce brasileiro cresceu 10,5% em 2024 em comparação ao ano anterior, conforme relatório da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O setor faturou R$ 204,3 bilhões, impulsionado pela expansão do comércio online no país. Foram registrados 414,9 milhões de pedidos, com um ticket médio de R$ 492,40, e o número de compradores online atingiu 91,3 milhões.
As mulheres continuam liderando as compras online, e a região Sudeste se manteve como a mais ativa em transações digitais, com São Paulo à frente no volume de vendas. A classe C foi a faixa econômica que mais realizou compras virtuais, refletindo maior acesso à tecnologia e inclusão financeira.
Para 2025, a ABComm projeta um faturamento de R$ 234,9 bilhões, com ticket médio de R$ 539,28 e 435,6 milhões de pedidos. Espera-se que o número de compradores online chegue a 94,05 milhões, impulsionado pelo lançamento do Drex, o real digital do Banco Central, e pela ampliação das opções de pagamento digital.
“A transformação digital é irreversível. O e-commerce segue evoluindo com inovação, novas tecnologias e uma experiência de compra cada vez mais personalizada. O crescimento consistente do setor fortalece o varejo como um todo e amplia as oportunidades para pequenos e grandes negócios”, afirmou Mauricio Salvador, presidente da ABComm.
E-commerce em mercados emergentes deve crescer 24% ao ano até 2027
O e-commerce em mercados de alto crescimento, como Brasil, África do Sul, México, Hong Kong, Chile, Índia, Colômbia e Emirados Árabes Unidos, deve registrar uma taxa média anual de expansão de 24% até 2027, segundo relatório da fintech canadense Nuvei. No Brasil, o aumento pode chegar a 28%, impulsionado pela adoção de novos métodos de pagamento adaptados às particularidades locais.
O estudo, intitulado “Guia de expansão global para mercados de alto crescimento“, foca em particularidades de dois países: Colômbia e Emirados Árabes Unidos.
O Brasil deve manter sua liderança em faturamento de e-commerce na América Latina até 2027, com forte contribuição do Pix, usado por 90% dos adultos. Já na Colômbia, o comércio eletrônico pode dobrar de receita, alcançando US$ 80 bilhões. Nos Emirados Árabes Unidos, a previsão é de um crescimento de 58,2%, com um faturamento de US$ 16,3 bilhões em 2027.