Sodiê doces, que foi formatada pelo Grupo Bittencourt, e prepara para ganhar o mercado americano

Depois de se consolidar no mercado brasileiro como a maior rede de franquias de bolos do País, a Sodiê Doces focará a expansão da empresa em duas frentes: através do investimento no segmento de salgados, com a criação de uma nova unidade de negócios, e da internacionalização para os Estados Unidos da América.

Em entrevista exclusiva ao DCI, a fundadora da Sodiê Doces, Cleusa Maria da Silva, contou que o desenvolvimento do novo braço da empresa, que se chamará Sodiê Salgados, será feito em duas etapas: a inauguração de uma fábrica de salgados, que a princípio servirá para abastecer as lojas da Sodiê Doces; e, posteriormente, a criação de lojas voltadas para a venda desses produtos.

“A fábrica já está pronta e deve começar a funcionar ainda neste mês ou no começo de março. Só estamos esperando um alvará da Cetesp [Companhia Ambiental do Estado de São Paulo]”, diz. O pátio fabril, localizado em Boituva e que demandou um aporte de cerca de R$ 5 milhões, produzirá, por mês, uma média de 200 mil salgados – o suficiente para abastecer as 276 lojas da rede.

Segundo ela, o objetivo nesse primeiro momento será tornar as operações já existentes mais completas, em termos de mix, e, consequentemente, aumentar o tíquete médio das unidades.

A inauguração da primeira loja da Sodiê Salgados, no entanto, deve ficar apenas para 2018. De acordo com Cleusa, a ideia é que a expansão da nova marca também seja feita através do sistema de franquias. Sobre a estrutura da operação, ela diz que o foco será a venda de salgados e café, mas que também serão comercializados alguns doces.

Internacionalização

Outra aposta da empresa ainda para este ano será a entrada no mercado norte-americano. O plano, de acordo com Cleusa, é abrir uma loja própria em Miami ou em Orlando. “Já estamos com tudo encaminhado, é só dar o ‘start’. Já testamos produtos, vimos a parte legal, etc. Em 2016 fizemos nossa lição de casa e agora acredito que na segunda metade deste ano devemos abrir a primeira unidade nos Estados Unidos”, afirma a executiva.

A empresa vem estruturando o plano desde 2014, mas acabou adiando a execução nos últimos anos. Agora, no entanto, Cleusa conta que uma parceria com a Nestlé deve contribuir para que a ideia de fato seja efetivada. “Como a Nestlé é uma multinacional e possui fábricas em diversos países fizemos um acordo e eles serão responsáveis pelo abastecimento das nossas lojas no exterior. Onde eles não tiveram fábricas eles vão importar para nós”, explica.

A rede já possui um contrato de exclusividade com a empresa suíça, e 70% dos produtos usados na criação dos bolos são da Nestlé. “Em contrapartida podemos usar a marca deles associada a nossa.”

Ainda sobre o processo de internacionalização, Cleusa conta que a primeira unidade aberta nos EUA será uma loja própria, mas que a ideia é expandir por franquias. “Fomos aconselhados pela ABF a irmos com loja própria. Se fosse para abrir a primeira por franquia já teríamos ido, porque tivemos várias oportunidades”, diz, acrescentando que o mercado norte-americano será apenas a porta de entrada e a meta é ir também para outros países.

Fonte: DCI

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