Ultraprocessados representam a maior parte da alimentação dos brasileiros

Segundo levantamento feito pela VR, 22% dos consumidores compraram ultraprocessados nos últimos 12 meses

Ultraprocessados representam a maior parte da alimentação dos brasileiros

Os ultraprocessados, produtos cuja fabricação envolve várias etapas, técnicas de processamento e conservantes, foram os itens alimentares mais comprados pelos brasileiros nos últimos 12 meses, de setembro de 2022 a setembro de 2023.

Segundo levantamento feito pela VR com base em 300 mil notas fiscais que foram registradas pelos trabalhadores que utilizam o Super App da marca, 22% dos consumidores compraram ultraprocessados, seguido por frutas, legumes e verduras (19%), leites e iogurtes (13%) e grãos (9%).

Refrigerantes e bebidas prontas estão em quinto lugar, empatados com as proteínas. No entanto, a carne bovina representa, em média, 10% do valor pago por compra de valor aproximado de R$ 126, com 16 itens variados.

Na sequência estão o frango, com 6,8% do gasto, e os ovos, com 2,8%. Entre os hortifrutis, a banana representa um percentual de 8,6% do pagamento, seguida pela cebola (7,1%) e a batata (6,5%). Na análise geral sobre o volume de itens alimentares adquiridos, os mais comprados são pães (19%), biscoitos (17%), refrigerantes (14%), leite (11,7%), chocolate (10,9%) e snacks e salgadinhos (10,5%).

Segundo Cássio Carvalho, diretor-executivo da VR Shopping unidade de negócios de marketplaces e ofertas da VR, a inteligência artificial embarcada no SuperApp faz a análise macro sobre perfil de compra dos consumidores.

Impacto na saúde

O estudo “Mortes Prematuras Atribuídas ao Consumo de Ultraprocessados no Brasil”, da USP, estima em 57 mil o número de mortes anuais ligadas ao consumo desse tipo de alimento.

A ingestão calórica provinda dos ultraprocessados cresceu de 14,3% (2002/2003) para 19,4% (2017/2018) da dieta diária nas casas brasileiras, segundo o estudo. Nesse mesmo período, o IBGE aponta que o porcentual de obesidade entre pessoas de 20 anos ou mais passou de 12,2% para 26,8%.

Imagem: Shuttestock

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