O comércio na Grande São Paulo pode ter deixado de arrecadar até R$ 98,6 milhões devido à falta de energia na última sexta-feira (14), quando forte chuvas prejudicaram a capital paulista.
A estimativa, baseada no volume movimentado diariamente na cidade de São Paulo e na região metropolitana, é do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP).
“Os prejuízos são difíceis de estimar, pois os efeitos do temporal não foram homogêneos na cidade de São Paulo, e várias regiões ainda não tiveram o restabelecimento da energia. Podemos dizer que o prejuízo se dá, principalmente, por reduções nas compras ‘imediatas’ e ‘por impulso’ dos consumidores”, avalia Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.
A falta de energia decorrente das fortes chuvas prejudicou diretamente mais de 1,35 milhão de pessoas. Ruiz de Gamboa observa que essa situação afeta principalmente os consumos imediatos e por impulso, quando há essas restrições no fluxo de clientes.
430 mil imóveis seguem sem energia elétrica
A distribuidora Enel São Paulo, que atua em 24 cidades da Região Metropolitana, informou que 430 mil imóveis seguem sem energia elétrica nesta segunda-feira, no período da tarde. Deste total, 280 mil estão na capital paulista.
A interrupção se iniciou na sexta-feira, 11, quando uma tempestade com ventos de mais de 100 quilômetros por hora atingiram a área.
“Até às 11h, a energia havia sido restabelecida para mais de 1,6 milhão de clientes na Grande São Paulo”, completou em nota emitida nesta segunda-feira à tarde.
A concessionária disse ainda que suas equipes “seguem trabalhando incansavelmente para recompor a rede”, mas não deu um prazo para a conclusão dos serviços. Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a empresa tem três dias para resolver casos de maior volume. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disse que está monitorando o caso.
Imagem: Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo