Segundo o Índice Cielo do Varejo Amplificado (ICVA), o varejo cresceu 4,9% em janeiro, descontada a inflação, em comparação ao mesmo período em 2022 . Já em termos nominais, que espelha a receita de vendas observadas por varejistas, o índice teve alta de 13,8%.
Entre as explicações para a melhoria no mês, está o fator calendário. Como o dia de ano novo caiu em um domingo, abriu espaço para um dia útil a mais que no ano passado. Descontando tais efeitos, o crescimento seria de 4,5%.
Vitor Levi, superintendente de dados e inovação da Cielo, pontuou que janeiro marcou 15º mês seguido de aceleração do setor. “O mês apresentou bom desempenho. Os três macrossetores registraram crescimento, com destaque para Serviços. Em parte, isso pode ser explicado pela onda da variante ômicron, que prejudicou os resultados em janeiro do ano passado e beneficiou o mês de janeiro deste ano na comparação”, explica.
Setores
O principal destaque foi o setor de Serviços, impulsionado pelo Turismo e Transporte. “É possível supor que este incremento ainda esteja ligado à demanda reprimida causada pela pandemia, que dificultou viagens e deslocamentos por quase dois anos”, comenta Levi.
O segmento de Postos de Combustíveis foi o que mais contribuiu para a alta do setor de Bens Não Duráveis. Já no setor de Bens Duráveis e Semiduráveis o destaque foi o segmento de Óticas e Joalherias.
Inflação
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo IBGE, apontou alta de 0,53% em janeiro. O índice acumulado nos últimos doze meses ficou na cada dos 5,77%.
Segundo o IBGE, a alta de janeiro teve maior influência do grupo de Alimentos e Bebidas. A segunda maior variação foi de Transportes. Ao realizar a análise ponderada do IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação acumulada do varejo em janeiro foi de 8,5%. O valor representa uma desaceleração em relação ao índice registrado no mês anterior.
Regional
Conforme o ICVA deflacionado e com ajustes de calendário, os resultados de cada região foram: Sul (+5,1%); Sudeste (+4,2%); Nordeste (+3,6%); Centro-Oeste (+3,2%); e Norte (+3,2%).
Já no ICVA nominal, que não considera o desconto da inflação, e com ajuste de calendário, o Sudeste passa para o primeiro lugar, com +15,4%. Na sequência estão as regiões Sul (+13,2%), Nordeste (+10,2%), Centro-Oeste (+9,9%) e Norte (+9,4%).