A registradora Cerc firmou uma parceria com o polo de pesquisa em inovação da Universidade de São Paulo (USP), o InovaUSP, para estimular o desenvolvimento de estudos científicos sobre o mercado de recebíveis. O projeto tem investimento de mais de R$ 2 milhões, e reunirá uma equipe com dez pesquisadores multidisciplinares.
Farão parte da iniciativa alunos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado de diferentes áreas, como engenharia, administração, economia, estatística e física. A coordenação será do professor Leandro dos Santos Maciel, da área de finanças do Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP.
O mercado de recebíveis é um dos principais segmentos de atuação da Cerc, que é uma das registradoras por trás do chamado balcão de recebíveis. Nele, as empresas credenciadoras deixam visíveis a todo o mercado os recebíveis dos pagamentos com o uso de cartões contabilizados por seus clientes. São as registradoras que tornam essa “vitrine” possível, através da qual vários agentes financiadores, das próprias credenciadoras aos bancos, ofertem crédito aos lojistas usando os recebíveis como garantia.
Segundo o CEO da Cerc, Fernando Fontes, o objetivo inicial será aprofundar estudos sobre o mercado de recebíveis partindo dos dados da empresa. “Com o amadurecimento do hub e do avanço científico, esperamos que o convênio desenvolva futuramente a criação de um centro de pesquisa em recebíveis que forneça dados e informações mais abrangentes para todo o mercado e beneficie a cadeia de forma geral“, diz ele, em nota.
“O fomento de parceiras do tipo Universidade-Empresa é fundamental para o desenvolvimento de soluções com embasamento científico para os desafios do Brasil”, afirma Maciel. “A chegada de parceiros como a Cerc no InovaUSP incentivará a promoção de pesquisas de alto nível e permitirá a geração de inovações para o sistema financeiro brasileiro, particularmente, para o mercado de recebíveis, além de formar recursos humanos altamente qualificados para atuação nessa área e nas demais esferas do mercado de capitais.”
Com informações de Estadão Conteúdo (Matheus Piovesana)
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