Em 7 de maio, a administração de Neiman Marcus entrou em tribunal para buscar proteção nos termos da lei de falências. A empresa apresentou um plano de sobrevivência: propunha ações que eliminariam a maior parte de seus US$ 4 bilhões em dívidas, deixando apenas cerca de US$ 750 milhões. A gerência culpou o ambiente pandêmico por ir a tribunal.
Segundo a Reuters, o fundo de hedge Mudrick Capital Management pediu aos diretores independentes do Neiman Marcus Group esta semana para explorar uma combinação com a rede de lojas de departamento rival Saks 5th Avenue. Esse curso de ação alternativo desafia diretamente o plano de reorganização sob proteção contra falência.
O presidente da Hudson’s Bay, Richard Baker, proprietário da Saks 5th Ave., está em discussões há meia década com Neiman Marcus, em um esforço para adquirir a empresa. Agora vem Mudrick com um plano semelhante. Mudrick, que detém uma parte da dívida de aproximadamente US $ 5 bilhões, acredita que a combinação dos dois varejistas de luxo criaria um valor de US$ 2,8 bilhões a US$ 4,7 bilhões. Para conseguir isso, Mudrick considera que a combinação exigiria o fechamento de pelo menos 22 lojas em locais sobrepostos ou próximos.
Esta proposta contrasta com o plano de devedor em posse (DIP) preparado pela PIMCO, Sixth Street e Davidson Kemper para o processo de falência e a preparação de uma saída rápida da falência. O plano deles estabeleceu um rápido retorno às operações mais lucrativas da falência, com um pacote de US$ 650 milhões, que já foi aprovado por um juiz federal – devido à objeção de Mudrick.
A Neiman Marcus opera 43 lojas e 2 unidades Bergdorf Goodman. Emprega cerca de 13.700 associados. Ela também opera a Horchow, uma empresa de catálogos de luxo para consumidores diretos e possui lojas Last Call Outlet (que estão sendo fechadas). Além disso, opera o mytheresa, um site on-line que foi mantido fora do processo de falência.
Com informações do portal Forbes.
* Imagem reprodução