Oito em cada dez torcedores de futebol no Brasil apoiam que seus times sejam punidos com condenações, perda de pontos ou de patrocínio caso a torcida da agremiação pratique atos de racismo. Segundo um estudo realizado pela startup Armatore Market+Science, 73,1% acreditam que as marcas devem deixar de apoiar times e competições caso não haja ação para conter os racistas.
O estudo apontou que 78,8% deixariam de comprar produtos de marcas ligadas aos times com torcidas que praticam atos racistas, no caso de não haver nenhuma providência após o registro das ocorrências.
O levantamento foi iniciado após as torcedores do Valência chamarem o jogador Vini Jr., do Real Madri, de macaco, em partida realizada em maio.
Para 72,8% dos entrevistados, os torcedores espanhóis são mais racistas que os torcedores de futebol do Brasil. Porém, 90% entendem que o racismo é uma prática no Brasil e 91% dizem que a CBF precisa implantar um sistema de combate ao racismo no futebol brasileiro.
Sobre casos de discriminação frequentes nos estádios relacionados à homofobia, 64,4% acreditam que os torcedores de futebol no Brasil são tão homofóbicos quanto os torcedores espanhóis são racistas. Por isso, 84,7% dos pesquisados entendem que a homofobia nos campos de futebol também precisa receber atenção da mídia.
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