Comissão da UE pede que países excluam chinesas Huawei e ZTE de suas redes 5G

As diretrizes da União Europeia adotadas há dois anos exigem que os 27 Estados membros avaliem o perfil de risco dos fornecedores em nível nacional ou do bloco

O Comissário para Mercado Interno da União Europeia, Thierry Breton, pediu nesta quinta-feira, 15, que mais países do bloco se juntem aos dez que já restringiram ou proibiram as chinesas Huawei e ZTE de suas redes de telecomunicações 5G, citando riscos à segurança coletiva do bloco. Em comunicado, Breton argumentou que os movimentos neste sentido estão muito lentos, e que isso representa um grande risco, pois cria uma grande dependência para a UE e sérias vulnerabilidades.

As diretrizes da União Europeia adotadas há dois anos exigem que os 27 Estados membros avaliem o perfil de risco dos fornecedores em nível nacional ou do bloco e restrinjam ou proíbam fornecedores 5G de alto risco de partes centrais de suas redes de telecomunicações.

“Hoje, os Estados-Membros concordaram por unanimidade com o segundo relatório sobre a implementação de segurança 5G. Congratulamo-nos com este relatório. Com base nisso, a Comissão acaba de publicar uma comunicação confirmando que as decisões tomadas por alguns Estados-Membros de restringir ou excluir completamente a Huawei e a ZTE das suas redes 5G são justificadas e estão em conformidade”, afirmou Breton.

“Conseguimos reduzir ou eliminar nossas dependências em outros setores como o de energia em tempo recorde, quando muitos pensavam ser impossível. A situação com o 5G não deveria ser diferente: não podemos nos dar ao luxo de manter dependências críticas que podem se tornar uma ‘arma’ contra nossos interesses”, afirmou o comissário. “Seria uma vulnerabilidade muito crítica e um risco muito sério para nossa segurança comum. Apelo, portanto, a todos os Estados-Membros da UE e operadores de telecomunicações para que tomem as medidas necessárias sem demora”, concluiu.

Rede 5G no Brasil

Em 23 de maio, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, afirmou que há conversas internas na pasta para calcular qual seria o custo para a União forçar uma antecipação dos compromissos assumidos pelas empresas no leilão do 5G. De acordo com Juscelino, os cálculos consideram uma antecipação de todos os compromissos em três anos, de 2029 para o fim de 2026.

Ele citou que a equipe analisa se haveria condições de o governo federal fazer aportes ou conceder renúncias para operacionalizar essa mudança no cronograma.

Segundo o ministro, chegou a ele um número de R$ 2 bilhões, que, no entanto, não seria um “dado muito concreto”, disse, sem citar de quem seria o cálculo.

Com informações de Estadão Conteúdo.
Imagem: Shutterstock

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