Anil Gupta, economista, doutor por Harvard, líder em Estratégia e Globalização e autor dos livros “Getting China and India Right” e “The Quest for Global Dominance”, keynote speaker do Retail Executive Summit comentou que a economia mundial está crescendo rapidamente. Segundo ele, tanto os países em desenvolvimento, como o Brasil, a Índia e a China, quanto os outros estão totalmente conectados, no ponto de vista do mercado, já que o mundo globalizado faz com que a sincronia das “agendas” seja muito maior.
Nos anos 2000, a economia ao redor do mundo era muito diferente. O economista defendeu que, nessa época, os países emergentes cresciam de forma dispare aos demais e a velocidade do crescimento era vista de modo distante ao que é hoje. Um estudo aprofundado a respeito da África, da Europa, da América Latina, e de todos os continentes, no geral, permite que a gente entenda o que cada país consegue fazer, economicamente, e o que não é capaz.
De acordo com o Gupta, entre as principais razões para essa diferença em relação aos países estão a educação, a tecnologia, a infraestrutura, a densidade populacional, entre outros. E, analisando o Brasil especificamente, podemos notar que, além de parte dos BRICS (composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – que, juntos, têm cerca de 42% da população, 23% do PIB, 30% do território e 18% do comércio do mundo), somos, especialmente, muito dependentes de commodities (vale ressaltar que a exportação destes correspondeu a 6,5% do PIB brasileiro em 2015, por exemplo).
A grande questão é qual é o tamanho do desafio que o Brasil vai enfrentar no futuro, então, já que depende tanto assim de soja, café, cana-de-açúcar, entre outros. É preciso pensar em como o país já se comportou na economia mundial e pensar se o desempenho pode mudar, a partir do que podemos fazer, produzir e mudar.
* Imagem reprodução