O Varejo do Rio Grande do Sul reagiu na segunda semana de enchentes e cresceu 2,0% entre os dias 6 e 12 de maio, de acordo com o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). A comparação é com período similar do ano passado. Na primeira semana do desastre, o comércio no estado havia apresentado queda de 15,7%.
O resultado foi alavancado pelo consumo nos segmentos de Supermercados e Hipermercados (+28,2%), Drogarias e Farmácias (+14,1%) e Postos de Combustíveis (+3,8%).
Outros setores do Varejo gaúcho apresentaram retração significativa, como Óticas e Joalherias (-66,2%), Estética (-52,7%), Turismo (-48,9%) e Bares e Restaurantes (-46,2%).
“O resultado positivo se deve ao desempenho de setores que contêm itens de primeira necessidade como água, alimentos, medicamentos e produtos de higiene pessoal. Estes artigos estão sendo muito buscados pela população atingida neste momento, e essa procura compensou a queda de outros setores”, afirma Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.
Porto Alegre
O cenário do Varejo na capital do estado é diferente. Profundamente afetado pela cheia das águas, o comércio de Porto Alegre teve queda de 31,1% no faturamento no mesmo período analisado.
Os setores de Óticas e Joalherias (-84,0%), Estética (-80,2%), Bares e Restaurantes (-57,4%) e Turismo (-47,5%) foram os principais responsável pela retração.
Assim como no estado, farmácias e postos de combustíveis apresentaram alta — de 17,6% e 6,4%, respectivamente —, mas o desempenho não foi suficiente para estancar a queda acentuada de outros segmentos. Vendas em Supermercados e Hipermercados, que se destacaram no estado, caíram 1,0% na capital.
“Informações dão conta de que as enchentes em Porto Alegre são ainda mais danosas à rotina do que em outros lugares. Isso deve ter se refletido no fechamento de boa parte do comércio. Assim foi registrada uma retração ainda maior do que a média do estado”, diz Alves.
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