A Intel planeja construir uma instalação de teste e montagem de semicondutores de US$ 4,6 bilhões na Polônia. A fábrica daria ao país um lugar cobiçado na crescente escalada de produção de chips europeia, impulsionando os esforços da Europa para se tornar mais autossuficiente na oferta de chips.
A Europa e os EUA estão tentando abandonar sua recente dependência da capacidade asiática, fornecendo aos fabricantes de chips subsídios e outros incentivos econômicos para construir novas fábricas em ambos os lados do Atlântico.
A fábrica planejada será construída próxima de um centro de negócios americanos na Polônia. A fábrica representa um impulso econômico para a Polônia, e criaria cerca de 2.000 empregos na Intel e outros milhares em toda a cadeia de suprimentos, disse a empresa.
O investimento ocorre em meio a uma disputa dos EUA, Europa e Ásia para subsidiar a capacidade doméstica de fabricação de chips. Os semicondutores estão presentes em praticamente todos os dispositivos eletrônicos e são essenciais para uma variedade de setores, incluindo smartphones, carros, equipamentos militares e dispositivos de saúde. Uma grave escassez global de chips nos últimos anos prejudicou as indústrias automotiva e de videogames, em particular, exacerbando as preocupações dos governos sobre o acesso de suas economias aos chips.
A União Europeia prometeu suas próprias dezenas de bilhões de dólares em investimentos públicos e privados para expandir a capacidade baseada no continente. No final do ano passado, concordou com Washington em compartilhar informações sobre seus respectivos programas para fornecer subsídios em fomento da produção doméstica de chips.
Para a Intel, o investimento ocorre em meio a uma pressão do presidente-executivo, Pat Gelsinger, para aumentar a capacidade de semicondutores e evitar que ela se torne uma coadjuvante na corrida global para dominar a indústria de chips.
Embora a Intel tenha perdido participação de mercado nos últimos anos para os players asiáticos, os executivos disseram que esperam aumentar as vendas nos próximos anos para se tornar o segundo maior produtor mundial, depois da Taiwan Semiconductor Manufacturing.
Com informações de Estadão Conteúdo.
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